O ex-ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares declarou, sem rodeios, que apoia Santana Lopes. Já a ex-líder do partido diz que vê em Rui Rio um candidato com “uma credibilidade superior”.
Em entrevista à SIC Notícias, esta quinta-feira, o ex-ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, defendeu que o PSD “necessita de ser recriado” e que o próximo líder tem que ter a capacidade de unir o partido, após a derrota nas autárquicas.
E, por isso, mesmo disse sem rodeios que apoia Santana Lopes na corrida à liderança. “A minha intuição vai no sentido de entender que Santana terá um resultado ganhador e positivo. Naturalmente que votarei em Santana Lopes“, declarou.
O antigo governante falou ainda de Passos Coelho como líder dos sociais-democratas, considerando que foi muito penalizado pelas políticas de austeridade do seu Governo.
“O Passos Coelho pós-governo foi muito marcado pelas condições em que teve de governar. Mas foi um grande primeiro-ministro e tem todas as condições para regressar ao partido, estar na vida política”, defendeu.
Por seu lado, a ex-presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, defendeu que “Rui Rio tem uma credibilidade superior à de Pedro Santana Lopes” para liderar o partido e apresentar-se como candidato a primeiro-ministro nas próximas legislativas.
“O Rui Rio tem bastantes mais condições porque tem uma imagem de credibilidade pelo seu percurso, não só no partido como na vida profissional”, sustentou a ex-ministra de Estado e das Finanças do executivo de Durão Barroso, no seu espaço de comentário na TVI24.
Ferreira Leite aproveitou para recordar que Santana Lopes já foi o candidato do PSD ao cargo de primeiro-ministro numa eleição em que “o engenheiro Sócrates teve maioria absoluta”.
“As pessoas que costumavam votar no PSD não lhe reconheceram essa credibilidade para ser primeiro-ministro”, lembrou a ex-ministra social-democrata, numa referência às eleições legislativas de 2005, que deram a primeira maioria absoluta ao PS.
Ferreira Leite admitiu que Santana pode ter mais popularidade no partido, mas considerou que Rui Rio tem, do ponto de vista do país, “uma imagem mais sólida” para desempenhar o cargo de primeiro-ministro.
A ex-ministra criticou a forma utilizada por Santana Lopes para anunciar a candidatura à liderança do PSD, no espaço de comentário que tem na SIC Notícias. “Em primeiro lugar, Pedro Santana Lopes nem começou muito bem. Fez o anúncio de que se candidatava num programa televisivo”, salientou.
Ferreira Leite admitiu que, para si, o anúncio de Santana foi “uma surpresa”, porque há um ano tinha sido reconduzido no cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma instituição que considerou “importantíssima” e que, além do mais, atravessa uma “situação crítica” com a possibilidade de entrar no capital do Montepio.
Santana Lopes teria, segundo a ex-presidente social-democrata, a possibilidade de percecionar os problemas da Santa Casa, uma vez que é provedor há já alguns anos.
Quanto ao discurso de Rui Rio no lançamento da candidatura, na quarta-feira, em Aveiro, Manuela Ferreira Leite sublinhou que “marcou bem os pontos essenciais para o partido e o país”.
“A ideia de recentrar o partido, de o descolar da direita, desenvolver uma política mais social-democrata, de unir as pessoas, não haver a ideia de os velhos e os novos, a ideia de que todos são úteis”, foram alguns dos pontos do discurso de Rio.
Ferreira Leite frisou ainda que “o núcleo duro do PSD desapereceu” e é preciso recuperá-lo, estando Rui Rio em “melhores condições” para o fazer.
ZAP // Lusa
Santana, e Miguel Relvas a apoiá-lo, é uma dupla imbatível para a … DERROTA !