Ministério Público avança com acusação ao secretário de Estado devido a suspeitas na Operação Teia. Outros autarcas também no processo duvidoso.
Miguel Alves é acusado de prevaricação por parte do Ministério Público, informa o jornal Observador.
O secretário de Estado começou a ser notícia há duas semanas, por ter assinado um contrato enquanto presidente da Câmara Municipal de Caminha.
Miguel Alves pagou 300 mil euros adiantados a uma empresa desconhecida, por um pavilhão que ainda não existe e cuja construção não começou, nem está previsto que comece.
O próprio ex-autarca já assegurou que assumiu uma opção “legal, transparente e que defende o interesse público em Caminha e, também, no país”.
Mas esta acusação do Ministério Público está relacionada com outro processo duvidoso, a Operação Teia.
O secretário de Estado terá favorecido Manuela Couto, esposa de um antigo presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, na adjudicação de várias contratos.
A investigação do Ministério Público centra-se na sociedade Mit — Make it Happen, Lda. que realizou contratos com a Câmara Municipal de Caminha em 2015 e 2016.
Joaquim Couto, marido de Manuela Couto, terá também contactado os presidentes de Póvoa de Varzim, Felgueiras, Fafe e São João da Madeira para estas autarquias favorecerem o grupo empresarial da sua esposa, no momento de contratações.