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Microsoft vai abrir fábrica de inovação em Inteligência Artificial em Portugal

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World Economic Forum / Flickr

Satya Nadella, CEO da Microsoft

A Microsoft anunciou esta quarta-feira o lançamento da Fábrica de Inovação em Inteligência Artificial (AI Innovation Factory) em Portugal. O objetivo passa por acelerar a adoção da tecnologia por todas as empresas portuguesas.

Em parceria com a Accenture, Avanade e a Unicorn Factory Lisboa, a empresa tecnológica norte-americana Microsoft anunciou a Fábrica de Inovação em Inteligência Artificial em Portugal.

O anúncio foi feito esta quarta-feira na sessão de abertura do Building The Future, que decorre na capital portuguesa.

O objetivo é acelerar a adoção de inteligência artificial (IA) por empresas públicas e privadas em Portugal, nas diferentes indústrias e setores.

Além disso, pretende contribuir para o crescimento sustentável do país, “por meio de novos cenários de inovação digital, acelerado pela ligação a um ecossistema de startups e nativos digitais”.

A AI Innovation Factory estará integrada no AI Hub da Unicorn Factory, em Alvalade, com data prevista para inauguração em novembro de 2024.

Até essa data, “todo o programa da AI Innovation Factory desenrolar-se-á nas instalações da Microsoft no Parque das Nações ou nas sedes de um dos parceiros”, explica a tecnológica.

Oferecer às empresas uma plataforma para inspiração e idealização, com acesso a demonstrações e casos reais, onde especialistas de indústria e tecnologia serão facilitadores na identificação de oportunidades e priorização de casos de uso, seguindo as melhores práticas do mercado, apoiados em metodologias comprovadas de design thinking” é o objetivo dos próximos meses.

Tecnologias IA crescem em Portgual

A Microsoft apresentou ainda os resultados do estudo realizado com a consultora IDC, os quais revelam que 62% das empresas portuguesas já usam IA e 25% das que não usam esperam fazer a sua implantação nos próximos 24 meses.

Este estudo “reflete sobre a forma como as empresas estão a rentabilizar os seus investimentos em IA”.

Atualmente, “os três principais estudos de caso verificados em Portugal têm por base data analytics avançada, assistentes virtuais ou chatbots, como por exemplo o projeto desenvolvido pela Agência da Modernização Administrativa [AMA], e a otimização de processos”.

De acordo com os dados, “40% das organizações em Portugal utilizam plataformas de cloud pública para experimentação, desenvolvimento e testes de IA” e cerca de um quarto (26%) “utilizam plataformas de cloud pública em todo o ciclo de implementação de IA, de ponta a ponta, o que faz de Portugal um mercado em linha com a Europa Ocidental”.

Mas faltam profissionais qualificados

Numa análise sobre a Europa, os dados da IDC apontam que “as empresas estão ansiosas por adotar a tecnologia de IA, com 67% dos inquiridos a utilizar atualmente ferramentas de IA nas suas organizações e 21% a planear fazê-lo nos próximos 12 meses”.

As empresas que já implementaram “estão a obter um retorno dos seus investimentos em IA no prazo de 14 meses, sendo que por cada 0,91 euros que investem em IA, estão a obter uma média de 3,06 euros de retorno“.

No entanto, são necessários profissionais qualificados: “A escassez de profissionais qualificados está a impedir 54% das empresas de acelerar as suas inovações baseadas em IA”, conclui-se.

ZAP // Lusa

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