A Microsoft anunciou que vai atuar na indústria do cultivo e comercialização legal de canábis nos Estados Unidos.
Assim, a empresa fechou um acordo com a Kind Financial, uma startup de Los Angeles que desenvolve um software para empresas relacionadas com o ramo do canábis, permitindo que os produtores tenham total controlo das plantações de ervas até o ponto de venda, “da semente à venda”.
O papel da Microsoft será ajudar a startup a melhorar o software “Agrisoft Seed to Sale”, desenhado para facilitar as trocas comerciais da planta nos estados onde o seu consumo médico ou recreativo está legalizado.
“O objetivo desta parceria é alavancar os recursos de cada empresa para fornecer aos estados e autarquias soluções criadas especialmente para a tecnologia de rastreio”, afirmou a startup em comunicado.
Além disso, a Kind Financial também oferece quiosques, estilo multibanco, que facilita a venda da canábis ao público, já que muitas lojas que vendem canábis são, de certa forma, prejudicadas pela falta de vontade dos bancos para lidar com o dinheiro vindo desse nicho.
O software da Kind Financial vem, assim, “encerrar lacunas entre os empresários do negócio de marijuana, as agências regulatórias e as instituições financeiras”.
Este mercado é visto como tendo um grande potencial, já que o uso recreativo e medicinal da planta é permitido em 20 estados, abrindo um leque de oportunidades para a empresa, principalmente no setor da tecnologia.
De acordo com o analista financeiro Matthew Karnes, o mercado do canábis nos Estados Unidos aqueceu ainda mais a economia do país.
Em 2015, esta indústria movimentou cerca de 4,8 mil milhões de dólares e, este ano, esse número pode saltar para 6,5 mil milhões de dólares. Até 2020, a previsão é que chegue a 25 mil milhões de dólares.
No entanto, o movimento foi considerado arriscado pelos investidores, devido ao estigma ainda associado ao consumo de canábis, mesmo nos estados norte-americanos em que é legal.
ZAP / Canal Tech