O Sindicato dos Maquinistas anunciou uma “greve total” na operação da Metro do Porto nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro. Exige o pagamento do prémio anual ainda não efetuado ao operador ViaPorto, do grupo Barraqueiro.
Nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, marcados pela habitual afluência de público ao centro do Porto para a passagem de ano, e em que normalmente o metro funciona durante toda a noite, o Metro do Porto vai estar em greve total.
Os trabalhadores representados pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) encontram-se em greve à prestação de todo e qualquer trabalho, indicou, esta sexta-feira, o sindicato à agência Lusa.
No entanto, a paralisação da Metro do Porto não se ficará apenas pela passagem de ano. Também se fará notar nos dias 30 de dezembro e 2 de janeiro – dias em que os trabalhadores representados pelo SMAQ estarão em greve “à prestação de trabalho suplementar”.
“Os trabalhadores que a 30 de dezembro de 2024 tenham previsto um período normal de trabalho que ultrapasse as 00h00 do dia 31 de dezembro de 2024, encontram-se em greve desde a hora prevista do início do seu período normal de trabalho até ao seu termo”, e os que “a 1 de janeiro de 2025 tenham previsto um período normal de trabalho que ultrapasse as 00h00 do dia 02 de janeiro de 2025”, estão em greve também até ao fim do seu turno.
Contactado pela Lusa, o dirigente sindical do SMAQ Hélder Silva, afeto à Metro do Porto, diz que os motivos para a greve são os mesmos que levaram à paralisação que decorreu entre 17 e 22 de dezembro.
Em causa está a falta do pagamento de um prémio anual, por parte da empresa, no caso a ViaPorto, do Grupo Barraqueiro, que opera o Metro do Porto.
“Nós temos uma cláusula que obriga ao pagamento de um prémio anual de desempenho que tem a ver com o desempenho dos trabalhadores no seu dia a dia e a sua avaliação, e a empresa alegou prejuízos e não efetuou ainda o pagamento desse prémio”, disse Hélder Silva à Lusa em 16 de dezembro.
O dirigente sindical referiu ainda que foi dada “uma margem de tolerância de meio ano para a empresa pagar o prémio”, referente a 2023, algo que, segundo o SMAQ, ainda não aconteceu.
No comunicado, o SMAQ reivindica ainda a “melhoria das condições de trabalho reivindicadas pelos trabalhadores da Viaporto, Lda. integrados nas carreiras de condução, no que respeita às viagens sem serviço”, o cumprimento integral do Acordo de Empresa e a regularização dos descansos compensatórios.
Contactada pela Lusa, a ViaPorto diz ter tido “o expresso cuidado de informar o sindicato que, atualmente, a situação financeira da ViaPorto está desequilibrada, em resultado de a mesma estar a aguardar o desfecho dos processos de reposição do equilíbrio financeiro que dependem da Metro do Porto SA e do Estado Português”.
ZAP // Lusa