Um astrofotógrafo conseguiu captar por acaso, esta quarta-feira, o momento em que um meteoro explodiu na atmosfera superior espessa de Júpiter.
“Depois de ver o vídeo e me ter apercebido do flash, a minha mente começou a andar às voltas. Senti urgentemente a necessidade de partilhar isto com as pessoas que achassem os resultados úteis”, explica Ethan Chappel ao Science Alert.
O vídeo foi captado pelo astrofotógrafo, esta quarta-feira, no Texas. Se estiver atento às imagens, consegue perceber que logo abaixo da linha do equador, do lado esquerdo, algo se ilumina visivelmente e depois desaparece.
“É um feito conseguir um vídeo como este, nunca vi nada parecido antes. É totalmente de tirar o fôlego”, disse ao mesmo site o astrónomo da Universidade de Southern Queensland, na Austrália, Jonti Horner.
A luz que se vê no vídeo não é provocada pelos processos habituais do planeta, como raios ou auroras. Os cientistas acreditam que se tenha tratado do impacto de um meteoro, que também não é necessariamente um evento raro.
Além disso, Júpiter está rodeado de objetos que podem chocar com a sua gravidade: cometas de período curto e de longo período, bem como asteróides do cinturão entre este planeta gasoso e Marte.
Na verdade, um estudo publicado em 1998 descobriu que a taxa de grandes impactos em Júpiter seria provavelmente entre 2.000 e 8.000 vezes a taxa de impactos na Terra, o que não significa que os consigamos ver com facilidade (poucos foram capturados).
“É um evento muito fugaz, acontece em poucos segundos. Muitas vezes estas coisas passam despercebidas e não são observadas. E metade delas acontecerá do outro lado do planeta. Por isso, há muitos fatores que dificultam a possibilidade de ver estes eventos”, afirma Horner ao mesmo site.
A parte mais entusiasmante do vídeo de Chappel é que os cientistas podem agora comparar este impacto com outros, como é o caso do meteoro de Cheliabinsk, que caiu na cidade russa com o mesmo nome em 2013.
Também é possível que o impacto deste meteoro tenha deixado uma cicatriz em Júpiter, que pode ser estudada por outros instrumentos como, por exemplo, a sonda espacial da NASA Juno. Para já, os primeiros relatórios sugerem que o impacto foi pequeno demais para produzir uma cicatriz.
Vai para a creche!!!!
No sub-título é dito que um meteoro explodiu na atmosfera superior de Júpiter. Como é pode surgir uma cicatriz na superfície?