Meta do Governo para o PIB pode ser alcançada antes do verão

José Sena Goulão / Lusa

Joaquim Miranda Sarmento, ministro do Estado e das Finanças

Apesar de o novo Governo ainda não ter avançado com políticas económicas, o o PIB está a caminho de cumprir as metas de crescimento do executivo.

O consumo das famílias portuguesas registou um aumento significativo no primeiro trimestre do ano, contribuindo para uma perspetiva otimista em relação ao crescimento económico do país para 2024. Segundo o Jornal de Negócios, este crescimento contínuo pode colocar ao alcance a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% estabelecida pelo novo Governo.

Mesmo sem a adoção de novas políticas do governo de Luís Montenegro, a economia portuguesa parece estar no caminho certo para alcançar as suas metas financeiras. Isto ocorre num contexto onde as estimativas preliminares do PIB revelaram um crescimento sustentado de 0,7% no último trimestre, uma continuidade do ritmo observado no final de 2023.

O crescimento homólogo de 1,4% também sinaliza uma estabilidade, apesar de um ligeiro abrandamento comparado ao trimestre anterior. Esta variação foi atribuída à forte base de comparação do primeiro trimestre de 2023. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o consumo privado foi um dos principais motores deste crescimento, mesmo com uma queda no investimento que reduziu o impacto da procura interna.

Por outro lado, a procura externa líquida voltou a ter um impacto positivo no PIB, algo que não se observava desde a primavera do ano passado, ajudado por uma maior desaceleração nas importações em comparação com as exportações.

Este cenário positivo na frente interna é contrastado com uma situação ainda incerta na frente externa. Apesar dos desafios, o crescimento de 0,3% na Zona Euro no último trimestre superou as expectativas, indicando uma recuperação lenta mas progressiva, especialmente nos mercados alemão, francês e italiano. Este contexto internacional pode influenciar positivamente a economia portuguesa, especialmente através do setor do turismo e das exportações, apesar das tensões geopolíticas e das altas taxas de juro que continuam a ser uma preocupação.

Apesar dos riscos, as perspectivas económicas de Portugal para 2024 parecem mais promissoras do que em meses anteriores, com uma expectativa moderada de crescimento impulsionada pelo consumo interno e pela melhoria das condições na Zona Euro. As próximas revisões das previsões da OCDE e da Comissão Europeia serão cruciais para confirmar esta tendência.

ZAP //

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