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Messi: “Tratavam-nos como um fracasso e como se não tivéssemos amor à camisola”

Joedson Alves / EPA

Depois da glória da conquista da Copa América este ano, Messi recorda em entrevista os momentos mais complicados e as críticas de que foi alvo na imprensa argentina.

A conquista de um troféu com a selecção da Argentina tardou para Lionel Messi, mas acabou por chegar este ano com a vitória da Copa América frente aos rivais brasileiros. No entanto, o craque não se esquece das críticas de que foi alvo na imprensa do país natal.

“Com o que se passou em 2014, 2015, 2016, uma parte da imprensa tratava-nos como uns fracassados que não sentiam amor à camisola, pediam que não jogássemos mais na selecção. Nós tentamos dar o máximo, tentamos ser campeões, era o que queríamos”, afirmou em entrevista à ESPN Argentina.

Recorde-se que antes da conquista da Copa América este ano, Messi e a equipa argentina já tinham sofrido muitas desilusões, com a derrota na final do Mundial de 2014 por 1-0 contra a Alemanha.

A Copa América também lhes corria mal, tendo o país das pampas perdido três finais desta competição em 2007, 2015 e 2016 – com o astro argentino inclusivamente a anunciar que ia pendurar as chuteiras depois de ter falhado um pénalti na final de 2016.

“Para mim, a selecção nacional acabou”, afirmou depois da derrota contra o Chile em 2016. “Já fiz tudo o que podia. Dói não ser campeão“. Depois de vários apelos a que voltasse para a selecção, Messi acabou por voltar atrás na decisão.

Agora, Messi recorda esse período complicado: “Não se passa por ganhar ou perder, é difícil ganhar um Mundial, uma Copa América. Chegar à final de uma Copa América e um Mundial não me parece que é pouca coisa e, no momento, não foi valorizado, pelo contrário. Antes éramos os piores por perdemos a final, agora somos os melhores”.

O craque reforça “o importante é dar tudo” e sair das competições de consciência tranquila por se tentar dado o máximo, mesmo que se perca. O avançado do PSG refere que os argentinos reconhecem que não são os melhores do mundo, mas que a equipa se está a preparar para o futuro. “Infelizmente, só ganha um”, remata.

Sobre a vitória tão ansiada que chegou este ano, Messi diz que “não conseguia acreditar”. “Sonhava tanto com aquilo que nem sequer sabia o que estava a acontecer. Sinceramente, desfruto mais agora quando vejo as imagens do que naquele momento em que estava perdido e paralisado”, começou.

“Finalmente tive umas férias felizes desde o primeiro ao último dia. Acabava sempre por não alcançar o objectivo e os primeiros 15 dias eram amargos, sem vontade de fazer nada”, concluiu Lionel Messi.

Adriana Peixoto, ZAP //

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