Urnas abertas: quase 11 milhões de pessoas escolhem 230 deputados

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Mais de 10 milhões de eleitores são chamados às urnas, este domingo, para eleger os 230 deputados à Assembleia da República na próxima legislatura e de onde sairá o novo Governo.

As mesas de voto abriram às 08h00 e estarão abertas até às 19h00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.

Estas são as 19.ªs eleições para o parlamento, contabilizando as eleições para a Assembleia Constituinte de 25 de Abril de 1975.

No passado domingo, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado já exerceram o seu direito, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

Este número supera o registado nas eleições legislativas de 2024, onde foi registada uma taxa de participação de 93,8% no voto antecipado em mobilidade.

230 deputados e um Governo

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.

Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.

O Partido Liberal Social (PLS) é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

Abstenção tem vindo a descer

A taxa de abstenção baixou nas duas últimas eleições legislativas, depois da tendência de subida durante décadas, tendo alcançado em 2019 o valor mais elevado desde 1975 ao atingir os 51,43%.

Já nas legislativas anteriores de 10 de março de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,10%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2022, nas quais a taxa de abstenção atingiu os 48,54%.

A legislatura atual, que terminaria apenas em 2028, foi interrompida depois do chumbo de uma moção de confiança apresentada pelo executivo minoritário PSD/CDS-PP, que contou com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN.

Este texto surgiu após a apresentação de duas moções de censura ao Governo (de PCP e Chega, ambas rejeitadas) e de uma comissão de inquérito proposta pelo PS, e foi justificada pelo primeiro-ministro com a necessidade de “clarificação política”.

No centro da crise política estiveram notícias sobre a empresa da família do primeiro-ministro, a Spinumviva, que geraram dúvidas da oposição sobre eventuais conflitos de interesses e acusações de falta de transparência a Luís Montenegro.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. A participação democrática dos portugueses nas eleições legislativas 2025, do dia 18 de maio de 2025, é elevada e aumenta em comparação com as últimas eleições legislativas em 2024. A Abstenção eleitoral varia entre 41,5 % e 47,7%. Sendo assim, na prática, qual será a justificação ou fundamentação que explica a tendência incremental de Abstenção Eleitoral nestas eleições legislativas 2025? Uma explicação que ninguém debate é a demografia portuguesa e as condições de eleitores com mais de 80 anos de idade que apresentam dificuldades de mobilidade e atitudes de motivação no contexto do seu “tempo de vida útil” de vida. As pessoas humanas com idade avançada a partir dos 75 ou 80 anos de idade de vida já não sentem necessidade de exercer a sua participação cívica eleitoral democrática. Os eleitores longevos não pensam no médio e longo prazo e não sentem que fazem diferença na Mudança e no Futuro de Portugal. O problema da Abstenção eleitoral nestas eleições legislativas 2025 é o envelhecimento dos eleitores portugueses e suas condições psicológicas e biológicas para o exercício do Voto democrático em Portugal. O eleitorado português está muito envelhecido e cansado e desanimado.

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