Há menos 80% de quartos disponíveis para universitários. Rendas subiram 10%

Os proprietários preferem apostar no alojamento local e notou-se uma enorme quebra na oferta. A média nacional de renda é 294 euros mensais, mas os preços são ainda mais altos em Lisboa e no Porto, chegando aos 381 euros e 324 euros, respetivamente.

As dificuldades para encontrar alojamento vão agravar-se ainda mais para os estudantes universitários no ano letivo de 2022/2023. O Público avança que os proprietários retiraram do mercado cerca de 80% dos quartos que estavam disponíveis para o arrendamento a alunos.

Há um ano, em setembro de 2021, havia no mercado privado cerca de 9884 anúncios sobre quartos disponíveis estudantes em todo o país. No mesmo mês deste ano, o Observatório do Alojamento Estudantil, que é publicado pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES), estima que o valor de quartos tenha caído para 1973.

A maior quebra é na capital. No início do ano letivo passado, havia 3706 anúncios de quartos para alunos em Lisboa e nesta altura o número é apenas 764. A quebra deve-se à aposta dos proprietários noutros negócios, como o alojamento local para turistas.

A falta de oferta fez os preços disparar 10% face ao ano passado, com uma média nacional de 294 euros mensais. Em Lisboa a média chega aos 381 euros e no Porto é de 324 euros.

Estes valores ficam muito acima dos apoios que o Estado dá aos estudantes carenciados que são deslocados e não conseguem vaga numa residência — em média, estes apoios rondam os 221,60 euros mensais em quase todo o país.

O impasse na construção de residências públicas também agrava o problema, já que muitas das obras estão paradas à espera dos fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência.

ZAP //

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