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Menina de sete anos morre horas depois de ser detida na fronteira dos EUA

Uma imigrante guatemalteca de sete anos morreu na semana passada, poucas horas depois de ser detida pela polícia da fronteira dos EUA no Novo México.

A criança, que atravessou ilegalmente a fronteira com o pai e mais uma dúzia de outras pessoas, morreu de desidratação, escreveu na quinta-feira o jornal Washington Post​​​ , citando o Serviço de Alfândega e Impostos norte-americano.

Ela “não bebeu água nem comeu durante vários dias” e entrou em convulsão oito horas depois de ser detida, sendo transportada de helicóptero para o hospital. Apesar de ainda ter sido reanimada, a menina não recuperou e morreu no hospital menos de 24 horas depois de lá chegar.

O nome da menina e do seu pai não foram divulgados, mas sabe-se que o pai continua em El Paso, a aguardar uma reunião com as autoridades da Guatemala.

O jornal norte-americano acredita que a morte da menina vai intensificar o escrutínio sobre as condições de detenção na fronteira, onde as instalações estão sobrelotadas de famílias que procuram asilo nos EUA.

Comida e água são fornecidas, tipicamente, aos migrantes em custódia, mas não é claro se a menina recebeu estas provisões e o exame médico antes de entrar em convulsão.

A agência está à espera dos resultados da autópsia da criança, que, provavelmente, não estarão disponíveis nas próximas semanas. O diagnóstico inicial listou a causa da morte como sendo choque séptico, febre e desidratação.

Desde meados de outubro, milhares de refugiados da América Central viajaram em caravana até chegarem à fronteira mexicana com os Estados Unidos, onde esperam conseguir pedir asilo.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou fechar toda a fronteira com o México e mobilizou milhares de militares para a região para conter qualquer tentativa de entrada ilegal no país.

Leis mais firmes teriam evitado morte de menina

A Casa Branca afirmou nesta sexta-feira que a morte de uma menina guatemalteca que estava sob custódia do governo dos Estados Unidos após cruzar a fronteira ilegalmente seria evitada com leis mais firmes sobre imigração.

“É uma morte desnecessária e é 100% evitável“, disse Hogan Gidley, um dos porta-vozes da Casa Branca, aos jornalistas.

“Se nos uníssemos e aprovássemos algumas leis de bom senso que desincentivassem as pessoas que chegam na fronteira e as encorajem a escolher o caminho correto – a maneira legal – este tipo de morte, o tráfico de crianças, o tráfico de seres humanos, tudo isto acabaria”, continuou o porta-voz do governo de Donald Trump.

Gidley afirmou que a Casa Branca espera que os democratas se unam a Trump para resolver a questão da imigração no país. O porta-voz descreveu a morte como uma “situação trágica” e enumerou os riscos encarados por aqueles que decidem cruzar a fronteira dos Estados Unidos com o México ilegalmente.

ZAP // EFE

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