“Era o melhor para todos”. No meio do impasse, Marcelo tem um sonho

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Estela Silva / LUSA

Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República quer evitar que um novo Governo da AD seja derrubado antes das eleições presidenciais de 2026.

Ainda sem saber ao certo quem vai indigitar para o Governo, Marcelo Rebelo de Sousa só tem uma certeza: o melhor para o país é evitar uma terceira dissolução do Parlamento e segurar um executivo da AD pelo menos até às presidenciais.

Depois de ter dissolvido duas vezes a Assembleia da República em dois anos, o Presidente da República quer reposicionar-se como um “guardião da estabilidade possível”, aponta o Expresso.

Acusado de ter prejudicado a maioria absoluta de António Costa, Marcelo vê-se obrigado a assumir novamente o papel de pacificador. “O Governo chegar às presidenciais era o melhor para todos”, aponta uma fonte de Belém.

Um dos motivos para Marcelo querer segurar o Governo da AD é o risco de que a queda já este ano não dê tempo suficiente ao executivo de se afirmar e mostrar iniciativa política. Caso o OE para 2025 seja chumbado e sejam marcadas novas eleições, Marcelo pode ser obrigado a ter de dar posse a um Governo com o Chega — algo que quer evitar a todo o custo.

Em Belém, aponta-se ainda que não interessa a nenhum partido derrubar o Governo, pelo menos por enquanto, já que o PS precisa de se reorganizar com o seu novo líder e novo papel na oposição. Do lado do Chega, “é fácil o Governo deixá-los cantar vitória para alimentarem a máquina, com medidas que estão no programa da AD”.

O contexto internacional turbulento e os desafios internos, como a execução do PRR, problemas habitacionais, reformas na saúde, e a necessidade de manter o equilíbrio das contas públicas, acentuam a importância de evitar mais ruturas.

A possibilidade de uma precipitação política devido às próximas eleições europeias em junho, antes do Orçamento do Estado, é uma preocupação. Uma vitória do Chega poderia acelerar uma crise política, forçando Marcelo a intervir de forma decisiva.

A estratégia de Montenegro de negociação permanente, acordos variáveis, e uma liderança adaptável são cruciais para a sobrevivência do governo, mas a sustentabilidade desta abordagem é incerta, especialmente com o Chega a querer capitalizar rapidamente o seu crescimento.

ZAP //

3 Comments

  1. Estamos na embrulhada medíocre que estamos, podemos agradecer a 2 pessoas com nome: Marcelo + Lucília
    O outro, não é grande coisa, mas que se saiba, é suspeito, mas não arguido. Foi/é acusado de quê?
    Masi uma vez, obrigado Marcelo. Obrigado Lucília.
    Respeitosamente

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