O melhor aluno a entrar este ano letivo na Universidade do Porto, com média de 20 valores, acabou de desistir da vaga para continuar os estudos no estrangeiro, informou esta quarta-feira a instituição de ensino superior.
Carlos Miguel Gomes foi o melhor aluno a entrar este ano letivo na Universidade do Porto, candidatando-se com 20 valores ao Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação na Faculdade de Engenharia da UP, lê-se na listagem ordenada de candidatos ao ensino superior na primeira fase de 2016.
O estudante optou, no entanto, por não aceitar a vaga para frequentar aquele curso na UP, porque preferiu “ir estudar para o estrangeiro”, avançou hoje à Lusa fonte das relações públicas da Universidade do Porto.
Como o estudante se candidatou em simultâneo à Universidade do Porto e a uma universidade do Reino Unido e foi aceite em ambas, acabou por decidir ir estudar para o estrangeiro, adiantou a mesma fonte da UP.
Com a desistência do melhor aluno a ingressar na Universidade do Porto, sobem para primeiro lugar na lista dos alunos brilhantes daquela instituição duas candidatas ao concurso nacional ao ensino superior público que entraram para o Mestrado Integrado de Medicina, na Faculdade de Medicina, ambas com 19,9 valores. São a Mariana Malonek e a Benedita Viana.
Em entrevista telefónica à Lusa, Mariana Malonek, 18 anos, conta que estudou no Colégio Alemão do Porto, e que entrar para o curso de Medicina era um “sonho” que começou a desenhar-se no 9.º ano de escolaridade, com 15 anos.
“Comecei a perceber que o corpo humano me fascinava e, antes de tudo, percebi que podia ajudar pessoas. Ainda estive indecisa entre Matemática e Medicina, mas acabei por optar por Medicina por causa da componente humana”, explica a jovem, filha de professores universitários de Matemática.
Questionada pela Lusa sobre dicas para se ter boas notas, Mariana revela que o seu “truque”, terá sido “prestar atenção nas aulas e depois rever a matéria para os testes”, mas, confessa que não é propriamente o exemplo de organização.
“Eu não sou muito direitinha e organizada, mas entendia muito bem a matéria nas aulas e isso é uma grande vantagem”, explica a nova caloira da Universidade do Porto, que desde os cinco anos de idade que estuda violino na Academia de Música de Espinho.
“O meu pai, que é alemão, também tocava violino”, recorda, refletindo que talvez, de forma “inconsciente”, o estudo musical a tenha ajudado a ter mais sucesso na escola.
Mariana não tem muito tempo livre, por causa do estudo do violino, mas quando tem oportunidade gosta de ir ao cinema e de ir ver concertos na Casa da Música com os pais.
A Universidade do Porto registou este ano o maior número de candidatos em primeira opção por vaga disponibilizada no concurso nacional de acesso ao ensino superior, pois por cada uma das suas 4.160 vagas, houve 1,9 candidatos que colocaram a UP como primeira opção para frequentar o ensino superior, ou seja, a UP teve quase o dobro dos candidatos às vagas disponíveis.
A UP foi a instituição de ensino superior com a mais elevada classificação média ponderada do último candidato colocado com 157,2 valores, acima dos 151 valores registados pela Universidade Nova de Lisboa. Registou, globalmente, as mais altas notas de entrada no ensino superior.
São da Universidade do Porto quatro dos seis cursos com as mais altas médias de entrada do País, ou num universo mais alargado, nove dos 25 cursos (36%), com as notas mais elevadas”, disse à Lusa o reitor da UP, Sebastião Feyo Azevedo.
Os quatro cursos da UP que estão no ‘top’ seis são Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia (184,8 valores o último candidato), Medicina, na Faculdade de Medicina (184 valores) e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (182,5 valores), e o curso de Bioengenharia da Faculdade de Engenharia (182 valores).
/Lusa
Sim, e depois ? ?????????????????????????????????????????????????????????????????
Que tem a “notícia” de tão relevante ??????????????????????????????????????????
Sim, e depois??????????
Porquê tanta indignação com a notícia???????????????
Já agora, a notícia tem dados muito interessantes, que não passam despercebidos a quem lê as notícias e não lê apenas os títulos das mesmas…
Muito interessante!
Deveria fazer pensar porque os melhores se vão embora e mostra que vão por opção, não por necessidade.
Não será um bom indicador de que o caminho que trilhamos não estimula os melhores, mas antes os exclui???
Pois é, sem estimulo não há evolução, não há esforço, não há criação de riqueza, seja ela de que tipo for!
E no futuro, a breve prazo já, como poderemos evoluir/melhorar sem os melhores? E sem evoluir/melhorar onde conseguiremos encontrar recursos para nos sustentarmos???
Continuando a pedir esmolas?????
Volta Passos Coelho, estás perdoado… (afinal…)
Foi o melhor que fez. Em Portugal, a única alternativa a ter, para um futuro emprego, seria uma candidatura ao grupo dos corruptos, e para ser por eles comandado, directa ou indirectamente.
E?!
Queres ver que muitos dos melhores alunos europeus (Suecos, alemães, franceses, ingleses, italianos, etc) não vão para o MIT, Harvard, etc?
Ou que os actores australianos, ingleses, canadianos, etc, etc não vão (ou não querem ir) para Hollywood?
Etc, etc, etc
A “notícia” só é interessante, porque UM (1) aluno trocou a universidade do Porto por uma no estrangeiro. Agora eu pergunto : quantos alunos saíram do país, para dar continuidade aos estudos, entre 2011 e 2015? Se essas saídas fossem notícia, como esta foi, então nesse período, teríamos “notícias” todos os dias…
São só génios e mais génios… mas, sinceramente, não me recordo de nada que os professores da universidade do porto tenham inventado de novo para o país, que nos tenha tirado da mediocridade a que já aludia Nemésio e, antes dele, outros. Continuamos com a “corrupçãozinha” de sempre, incapaz de ser extirpada justamente porque é meliflua e, contas feitas, não saímos da cepa torta. Tenho conhecido tantos génios que entraram para a universidade e… valha-nos deus. Os povos e as nações medem-se pelos seus atos concretos e concretizados e não pelas putativas qualidades de um individuo ou vários que conseguiram dominar intelectualmente um programa tantas vezes cretinamente predefinido…