Meia para cada lado e nem Champions, nem Campeão

José Sena Goulão / Lusa

Final empolgante de dérbi. Sporting e Benfica realizaram uma partida de muita luta, nem sempre bem jogada, mas muito competitiva e com quatro golos.

A igualdade final a duas bolas (o mesmo resultado da primeira volta) acaba por ser o reflexo do que se passou em Alvalade.

O “leão” foi bem melhor que a “águia” na primeira parte, marcou dois golos sem resposta e não deu grandes veleidades. No segundo tempo os “encarnados” viraram o jogo, dominaram intensamente, em especial nos últimos minutos, e também marcaram por duas vezes sem resposta.

Um desfecho que afasta em definitivo o Sporting do terceiro lugar e que deixa para a última jornada a decisão do título da Liga bwin.

O Benfica entrou disposto a pressionar alto, mas o Sporting tinha a lição bem estudada, tirou o jogo da zona central, explorou as entrelinhas e as costas de João Neves, o médio mais recuado dos visitantes, e foi mais dominador.

De tal forma que, aos 21 minutos, Ricardo Esgaio fugiu pela direita, cruzou e Pedro Gonçalves, na pequena área e sem ninguém pela frente, não conseguiu fazer a emenda – a fazer lembrar uma perdida de Bryan Ruiz há umas épocas. Um lance que tinha um Expected Goal (xG) de 0,74. A seguir foi Rafa, sozinho, a cabecear por cima (xG 0,54).

Aos 32 minutos, novo lance de perigo leonino, com Ricardo Esgaio a rematar forte para grande defesa de Vlachodimos. Os “encarnados”, por seu turno, não conseguiam sair com a bola em transições, algo que tranquilizava o futebol leonino.

Era de esperar o golo do Sporting, que aconteceu aos 39 minutos. Trincão apareceu nas costas da defesa benfiquista, rematou, Vlachodimos não conseguiu segurar e o atacante acabou por finalizar com sucesso.

E aos 44 o 2-0. Canto da esquerda de Nuno Santos e Diomande, mais forte que Grimaldo pelo ar, a cabecear com precisão.

O melhor ao descanso era Hidemasa Morita. O médio japonês registava um GoalPoint Rating de 7.0, com seis passes longos certos em sete, duas conduções super progressivas, quatro bloqueios de passe/cruzamento e um corte decisivo.

O cariz do jogo mudou no segundo tempo. Alexander Bah entrou ao intervalo para o lugar do apagado João Mário, subindo Aursnes para o meio-campo, e o norueguês esteve perto de marcar aos 57 minutos. Foi, aliás, um ameaço. Aos 71 minutos, numa jogada de insistência, Grimaldo cruzou da esquerda e Aursnes, de cabeça, fez o 2-1.

A pressão benfiquista abria corredores para contra-ataques leoninos, alguns bem perigosos, e aos 86 minutos, Paulinho isolou-se, mas não conseguiu bater Odysseas.

Um lance que poderia ter fechado a questão do vencedor do encontro, mas não fechou e as “águias” acabaram por marcar. Já nos descontos, num lance muito confuso, e à segunda tentativa, João Neves fez o 2-2, naquele que foi o seu primeiro golo na equipa principal “encarnada”.

Um desfecho que garantiu desde já o terceiro lugar para o Braga, enquanto o Benfica deixa para a derradeira jornada a decisão do título, tendo agora mais dois pontos que o Porto.

Melhor em Campo

Otamendi acabou o jogo de rastos. Grande jogo do capitão benfiquista, um jogador que nunca se entrega e mantém o espírito da equipa benfiquista sempre focado.

O argentino foi o melhor em campo no dérbi, com um GoalPoint Rating de 7.5. Além de ter ganho cinco de seis duelos aéreos, fixou o máximo de recuperações de posse (11) e incríveis 15 acções defensivas, com destaque para quatro desarmes e outras tantas intercepções.

Na segunda parte subiu bastante e registou quatro acções defensivas no meio-campo contrário.

Resumo

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