As análises realizadas ao mais destacado dirigente da oposição russa, Alexei Navalny, não detetaram substâncias químicas no seu organismo, anunciou, na quarta-feira, o diretor do hospital Sklifosofski, Alexei Tokarev.
As amostras biológicas de Navalny foram analisadas no principal laboratório químico-toxicológico do Instituto de Urgências Sklifosofski, do Hospital 64. “As análises realizadas não encontraram restos de substâncias tóxicas”, disse Tokarev aos jornalistas.
O dirigente do principal centro de urgências de Moscovo elogiou as capacidades do laboratório onde foram analisadas as amostras de Navalny “para encontrar substâncias estranhas no corpo” humano.
O dirigente da oposição russa Alexei Navalny, detido esta semana, foi transferido, este domingo, da prisão para um hospital devido a “uma reação alérgica grave”, indicou a sua porta-voz. Kira Yarmysh explicou numa mensagem na rede social Twitter que Navalny foi hospitalizado com “a cara inchada e vermelhidão na pele“.
“A origem da reação alérgica não foi ainda determinada”, afirmou Yarmysh, explicando que o opositor não tinha histórico de alergias. No hospital, foi-lhe diagnosticada uma “dermatite de contacto”.
“Não podemos excluir que os sintomas que apresenta na pele e nas mucosas não tenham sido provocados por terceiros com uma substância química desconhecida”, escreveu Anastassia Vassilieva,oftalmologista e médica de Navalny, na sua conta do Facebook.
De acordo com a mesma fonte, Navalny está no hospital sob proteção policial e está a receber a assistência médica necessária. Segundo a agência Interfax, que cita fontes hospitalares, a condição de Navalny “é satisfatória”. “Navalny disse que se encontra muito melhor, mas ainda tem sintomas da reação alérgica”, assinalou Ivan Melnikov, secretário da comissão que protege os direitos dos presos em Moscovo.
O dirigente da oposição foi detido esta semana por ter apelado à participação na manifestação que teve lugar no sábado em Moscovo, devendo cumprir 30 dias de prisão. No protesto, destinado a exigir eleições livres e justas, foram detidas perto de 1.400 pessoas, de acordo com os últimos dados divulgados pela organização não-governamental OVD-Info.