Um médico suspenso por suspeitas de abusos sexuais a uma doente acamada, nos Açores, continua a exercer funções no privado.
O diretor do Serviço de Neurologia do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, nos Açores, está suspenso de funções por suspeitas de abusos sexuais a uma doente acamada. No entanto, segundo o Correio da Manhã, continua a exercer no setor privado.
A doente em causa estava internada naquela unidade hospitalar após ter tido um acidente vascular cerebral. Até agora, a queixa deu origem apenas a uma decisão disciplinar interna. Enquanto o HDES investiga o sucedido, o médico foi provisoriamente suspenso de funções há cerca de dois meses.
Em declarações ao Correio da Manhã, o hospital garante que, “dentro dos limites das suas competências legais, está comprometido em garantir e salvaguardar os seus direitos”.
O médico acusado de abusos sexuais continua a trabalhar e dá consultas numa clínica privada de Ponta Delgada. O Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, diz “conhecer pouco ou mesmo nada” sobre o caso, mas “discorda de um processo feito sem culpa na Justiça”.
O Hospital do Divino Espírito Santo já teve um caso semelhante no passado, recorda o CM. Em 2018, um médico cubano foi condenado a seis anos de prisão por mandar pacientes despirem-se para lhes apalpar os seios e os órgão genitais — mesmo em situações que não o justificam, como casos de febre ou dores de garganta.
