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Cientistas medem, pela primeira vez, a distância até um magnetar na Via Láctea

ESO

Com a ajuda do observatório Very Long Baseline Array (VLBA), uma equipa de astrónomos conseguiu medir, pela primeira vez, a distância até ao magnetar XTE J1810-197, localizado na Via Láctea. 

Os magnetares são um tipo de estrela de neutrões, com um campo magnético bastante forte, capazes de emitir raios X e raios gama. Aliás, é por esse motivo que muitos cientistas pensam que os magnetares são os responsáveis pelas rajadas rápidas de rádio (FRBs).

Nesta nova investigação, cujo artigo científico foi publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, a equipa de cientistas analisou o XTE J1810-197 durante 2019 e 2020, observando-o em lados opostos na órbita da Terra durante o trajeto em torno do Sol. Os investigadores notaram uma pequena mudança no efeito paralaxe, isto é, a posição que o objeto aparenta ter em relação a outros no fundo, mais distantes.

Através da paralaxe, é possível calcular a distância direta do objeto.

De acordo com o Tech Explorist, esta é a primeira medida do paralaxe de um magnetar, e revela que XTE J1810-197 está entre os magnetares mais próximos conhecidos – a “apenas” 1.800 anos-luz.

“Ter uma distância precisa deste magnetar significa que podemos calcular a força dos pulsos de rádio vindos deste corpo celeste. Se ele emitir uma FRB, vamos descobrir a força do pulso”, resumiu Adam Deller, membro da Universidade de Tecnologia da Austrália.

O XTE J1810-197 é um dos seis conhecidos que emite pulsos de ondas de rádio. O magnetar ficou ativo de 2003 a 2008 e fez um intervalo longo de dez anos na sua atividade. Em dezembro de 2019, “ressuscitou” e voltou a emitir ondas de rádio.

ZAP //

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