Cientistas descobrem medicamentos que reduzem a sonolência após o almoço (e não têm cafeína)

A pesquisa descobriu que os medicamentos com solriamfetol são eficazes na redução da sonolência e fadiga durante o dia.

Um novo estudo publicado na Annals of Internal Medicine relata a descoberta de um novo medicamento que pode ser eficaz na redução da sonolência durante a tarde, um problema comum a muitas pessoas e particularmente complicado para quem tem apneia do sono.

Mesmo quando os pacientes com apneia já estão a fazer outros tratamentos para desobstruir as vias respiratórias, a sonolência durante o dia pode persistir. Foi para tentar descobrir uma solução que os investigadores analisaram 14 estudos anteriores que envolveram 3085 pessoas com sonolência diurna excessiva ou apneia obstrutiva do sono, relata o Science Alert.

As pesquisas compararam a eficácia de três medicamentos anti-fadiga: solriamfetol, armodafinil-modafinil e pitolisant. Todos os três foram mais eficazes do que os placebos e os resultados mostram que o solriamfetol foi o que mostrou uma maior diferença estatística em relação aos placebos.

Os resultados indicam ainda que os efeitos secundários podem ser um problema para quem toma armodafinil-modafinil e solriamfetol, apesar de os pacientes terem uma maior probabilidade de deixarem de tomar o primeiro.

A eficácia do solriamfetol explica-se pelo aumento dos níveis de noradrenalina, que prepara o corpo para a ação, e da dopamina, que está ligada à motivação e ao prazer. Ainda não se sabe ao certo quais são os efeitos da sua toma a longo prazo, pelo que vale a pena fazer investigações adicionais. O solriamfetol já foi associado a um aumento da pressão arterial, por exemplo.

O medicamento pode também ser eficaz para outros pacientes para além de quem sofre de sonulência diurna excessiva ou apneia obstrutiva do sono. “Seria interessante ver quão eficazes estas medicações anti-fadiga são para tratar doenças como síndrome da fadiga crónica ou covid longa, agora que sabemos que funcionam com uma doença semelhante”, explica Dena Zeraatkar, co-autora do estudo.

ZAP //

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