Matos Fernandes não faz a “mais pequena ideia” se continuará no Governo

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António Cotrim / Lusa

O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes

O atual ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, não sabe se fará parte do Executivo na próxima legislatura.

João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, disse hoje não fazer a “mais pequena ideia” sobre se vai continuar a fazer parte do próximo Governo do PS, liderado por António Costa.

Matos Fernandes esteve em Ponta Delgada, nos Açores, onde se reuniu com o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, para anunciar o financiamento de projetos da região através do fundo ambiental.

Questionado pelos jornalistas sobre se vai acompanhar aqueles projetos na próxima legislatura, o ministro disse que “nunca o deixará” de o fazer, “onde quer que esteja”.

O governante disse ainda não saber se esse acompanhamento vai ser feito enquanto membro do próximo Governo do PS: “Isso não faço a mais pequena ideia”, assinalou.

Matos Fernandes faz parte do Governo desde 2015, primeiro como ministro do Ambiente e a partir de 2018 como ministro do Ambiente e da Ação Climática.

O primeiro-ministro conta apresentar ao Presidente da República os nomes para o seu futuro Governo entre os próximos dias 22 e 23, prevendo-se que o seu novo executivo seja empossado entre 23 e 24 deste mês.

Este calendário foi avançado à Lusa por fonte do Governo, depois de questionada sobre nomes que se consideram seguros no terceiro executivo liderado por Costa.

O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de 30 de janeiro e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.

Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando estão ainda por atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.

O PSD conseguiu 27,8% dos votos e 71 deputados sozinho, subindo para 76 com os mandatos obtidos nas coligações da Madeira e dos Açores (com o CDS-PP nos dois casos e com o PPM nos Açores), enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.

A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer parlamentar.

A abstenção em território nacional desceu para os 42,04% depois de ter alcançado os 45,5% em 2019.

// Lusa

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