Empresa apresentou máscara N95…mas era mentira

 

Razer

Zephyr, máscara da Razercorona

Máscaras da Razer começaram a ser vendidas ainda em 2020 mas só agora, depois de queixas, a sua composição foi actualizada.

Ainda há poucos dias apresentámos aqui declarações e números sobre as máscaras que devem (e as que não devem) ser utilizadas pelas pessoas para “fugirem” à COVID-19.

As máscaras de pano, sobretudo por causa da variante Ómicron, não são aconselháveis porque ficam-se pelo “OK” na avaliação dos especialistas. No outro extremo ficam as máscaras N95, que são as mais caras, mas que demonstraram ter uma eficácia de 99 por cento no bloqueio das partículas, de acordo com um estudo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos da América.

A designação N95 significa que a máscara com esse padrão consegue sempre filtrar, no mínimo, 95 por cento das partículas. E, por isso, a probabilidade de contagiar outra pessoa desce consideravelmente.

No entanto, convém ter em atenção e confirmar (da forma que for possível) que, ao comprar uma máscara N95, essa máscara tem mesmo o padrão N95.

Há mais de um ano, em Outubro de 2020, a Razer apresentou a sua máscara. Esta empresa é mais centrada na tecnologia (hardware, software, jogos…) mas criou a Razer Zephyr, uma máscara N95.

Mais de um ano depois, e após diversas queixas, a Razer actualizou a descrição da máscara – e desapareceram as referências ao “equivalente ao padrão N95” e aos números que apontavam para uma eficácia de 99 por cento na filtragem de partículas.

Agora a descrição indica que a Razer Zephyr tem “filtros de purificação de ar” mas insiste que a eficácia nos testes ultrapassou os 95 por cento de eficácia. E fica o aviso: “Não é uma máscara N95 certificada”.

As críticas, que já vinham de há vários meses, tornaram-se mais mediáticas quando Naomi Wu, famosa no mundo internético, analisou com detalhe as máscaras e avisou que os consumidores poderiam estar a ser enganados.

Naomi foi contactada directamente pela Razer sobre a alteração na apresentação, mas acha que isso não chega: a empresa deveria mesmo retirar todas as máscaras do mercado; e só voltariam com outro design e com outra introdução.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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