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Mary Poppins passou a ser impróprio para crianças

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Walt Disney Pictures

Julie Andrews e o seu famoso guarda-chuva em “Mary Poppins”

A classificação do filme norte-americano Mary Poppins, realizado por Robert Stevenson em 1964 para a Walt Disney Pictures, foi elevada para  “supervisão parental” devido a linguagem discriminatória. “Uma decisão ‘woke’ ridícula e regressiva”, dizem os fãs do clássico.

A comissão britânica de classificação de filmes elevou para ‘supervisão parental’ a classificação etária de ‘Mary Poppins’, devido à linguagem que considera discriminatória, 60 anos depois de a obra cinematográfica ter alcançado sucesso, revelou esta segunda-feira o Daily Mail.

A alteração na classificação, até agora com ‘U’, o que significa que não há material que possa ofender, deve-se ao uso da expressão “hotentotes“, um termo considerado depreciativo para os Khoikhoi, grupo de pessoas que esteve entre os primeiros habitantes da África Austral.

A palavra  ‘hotentote’ é o nome adotado para os Khoikhoi pelos colonos neerlandeses. Consta nos dicionários de língua portuguesa como o Priberam com a definição de “indivíduo dos hotentotes, povo nómada africano do Sul de África”, “Relativo aos hotentotes ou à sua língua”, e “língua khoisan dos hotentotes”.

O termo é usado no filme pelo personagem Almirante Boom, que se refere primeiro às pessoas que não aparecem no filme e depois para se referir às crianças do filme, quando os seus rostos ficam escurecidos pela fuligem.

Com base numa investigação sobre racismo e discriminação, a entidade responsável pela classificação dos filmes, a British Board of Film Classification, considerou que os pais estavam preocupados com “a possibilidade de expor as crianças a linguagem ou comportamento discriminatório que possam considerar angustiantes ou repetir inadvertidamente”, explicou ao Daily Mail fonte da BBFC.

A nova classificação afeta apenas a versão cinematográfica do famoso filme, já que as versões de entretenimento doméstico ainda permanecem com classificação ‘U’, diz a BBFC.

A reclassificação do clássico da Walt Disney está a ser criticada por inúmeros fãs do filme, que a consideram uma “decisão ‘woke’ ridícula e regressiva“.

“É inacreditável. Aparentemente, um termo usado para se referir a limpa-chaminés  com o rosto sujo de fuligem foi usado em tempos como ‘termo depreciativo para povos nómadas no sul da África’. Woke sem fronteiras!“, diz um utilizador no X-Twitter.

“Mary Poppins precisa de orientação parental para ser visto. Está a tornar-se ridículo, há tantas questões mais importantes nos media que realmente estão a afetar as crianças”, considera outro utilizador.

Um utilizador foi mais cáustico: “É isto. Este país está oficialmente louco. Isto é absolutamente sem sentido”. Outro afirma: “Quem, de todas as coisas, fica ofendido com Mary Poppins é 100% um idiota“.

Maria Poppins, personagem fictícia criada por P. L. Travers e interpretada no filme por Julie Andrews, conta a história de uma ama inglesa que usa magia e que chega no seu famoso guarda-chuva, ajudada pelo vento, até à casa de uma família em Londres onde cuida dos pequenos.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. O Mundo está a ficar (mais) parvo! O Humano tem os dias contados! Mas o branco é de que cor? Pensava que é branco. Mas, agora, pelas novas tabelas, estou confuso.

  2. Caminhamos a passos largos contra o muro liderados por uma minoria que cresce porque a maioria deixa-se manipular por eles e tem medo de enfrentar e lutar contra determinadas ideologias woke.

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