Um esloveno, de 67 anos, tem-se dedicado a nadar nas águas mais perigosas do mundo e, claro, a bater recordes.
De acordo com a cadeia televisiva CNN, Martin Strel bate recordes há mais de duas décadas. Entre os seus feitos estão o facto de, com 46 anos, ter nadado cerca de 3000 quilómetros do rio Danúbio em 58 dias e, em 2002, de ter completado quase 3800 quilómetros ao longo do Mississippi.
Mas o maior feito continua a ser o do ano 2007, quando o esloveno nadou no Amazonas cerca de 5268 quilómetros, o que lhe valeu o Recorde do Guinness para a mais longa natação em águas abertas (recorde que detém até hoje).
Durante essa prova, conta a estação norte-americana, Strel foi confrontado com animais como piranhas e tubarões-touro, ainda apanhou dengue e sofreu queimaduras solares severas.
Além disso, esteve também sob a ameaça de piratas nas últimas semanas, o que o obrigou a ter uma equipa de segurança à sua volta durante todo o tempo.
“Não sou como Michael Phelps ou Ryan Lochte, mas sei nadar. É preciso começar e depois terminar. Tudo o que importa é o resultado”, afirma à CNN, acrescentando que faz um treino rigoroso.
“Nado todos os dias, geralmente duas vezes por dia. E ainda faço esqui cross-country, caminhadas e exercícios de ginástica”, complementa.
Com 67 anos e 110 quilos, Strel já nadou em mais de 150 países e o próximo desafio será o World Swim, que começa já em 2022. O evento terá 500 dias e, se tudo correr como previsto, o esloveno passará por 130 países e percorrerá mais de dez mil quilómetros.
A iniciativa visa inspirar pessoas, organizações e empresas a agirem perante a crise climática, até porque se há pessoa que já viu os desafios ambientais que temos pela frente foi este nadador.
“Eu entendo os nossos oceanos, rios e lagos e sei que há poluição por toda parte“, declara, contando que, quando nadou no Danúbio, passou por águas contaminadas com cianeto e percebeu que “tudo debaixo de água estava totalmente morto”.
Se esta prova lhe correr de feição, Strel vai conquistar o seu sexto Recorde do Guinness. Porque a sua ideia de futuro é mesmo essa: continuar a bater recordes e nadar até não poder mais.
“Nunca vou parar de nadar. A água é a minha melhor amiga, é a minha vida”, finaliza.