Marte pode conter menos água do que se pensava

Investigadores do Instituto Oden e da Jackson School of Geosciences desenvolveram um modelo melhorado para a previsão do fluxo de águas subterrâneas em todo o planeta Marte.

Marte pode conter menos água do que se pensava, noticia o Phys. A equipa que chegou a esta conclusão desenvolveu um novo modelo capaz de prever o fluxo das águas subterrâneas do planeta, o mais preciso até ao momento.

Há cerca de quatro mil milhões de anos, Marte terá colidido com um enorme objeto, um impacto que terá acontecido durante o “Bombardeamento pesado tardio”, um período entre 4,1 a 3,8 mil milhões de anos atrás onde uma grande quantidade de asteroides terá atingido os planetas rochosos do Sistema Solar.

Os impactos terão criado as enormes crateras que é possível observar atualmente na superfície marciana. É provável que o evento também tenha criado uma planície no norte do planeta, conhecida como Vastitas Borealis, que tem uma grande porção que parece ter sido, literalmente, “cortada”.

Essa região já possuiu um enorme corpo de água. Segundo Mohammad Afzal Shadab, principal autor do estudo publicado no SAO/NASA Astrophysics Data System, explicou que Marte costumava ter muita água e parte dela permanece no planeta, mas na forma de gelo.

A equipa criou então uma fórmula matemática para prever o nível do lençol freático do planeta.

Os cientistas usaram a transformação de coordenadas curvilíneas e a dinâmica do fluxo de águas subterrâneas para desenvolver o modelo de um aquífero hipotético não confinado nas terras altas do sul de Marte, durante o período Noachiano, há quatro mil milhões de anos.

Os especialistas também utilizaram modelos para explorar combinações autoconsistentes de recarga, a quantidade de chuva e condutividade hidráulica que reabastece o aquífero.

As estimativas anteriormente publicadas, que não consideravam uma coordenada esférica, acusaram uma quantidade maior de precipitação do que o jovem planeta poderia suportar há mais de quatro mil milhões de anos.

Os resultados também demonstram que uma pequena quantidade de chuva seria o suficiente para elevar o lençol freático das terras altas do sul marciano.

No modelo, um oceano hipotético nas terras baixas do norte seria recarregado por um corpo de água subterrâneo.

ZAP //

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