Mariupol: 2 milhões roubados; criminosos fingiam que eram mortos na guerra

Desmantelado grupo criminoso na cidade controlada pela Rússia. Medvedev quer mais tanques, há jornalistas entre os espiões pró-Rússia.

Vladimir Putin já tinha avisado que era preciso aumentar e melhorar a indústria militar, para ajudar as forças russas nos conflitos com a Ucrânia.

Nesta quarta-feira o ministério da Defesa do Reino Unido anuncia que Dmitry Medvedev quer mais tanques.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, que foi primeiro-ministro e presidente, exigiu um aumento de produção de tanques quando, na semana passada, esteve numa fábrica de construções de veículos, em Omsk.

No terreno, a Rússia continua a tentar recuperar terrenos que a Ucrânia passou a controlar no último trimestre do ano passado.

Em Luhansk, Svatove e Kreminna, as forças russas insistem em tentar avançar, mas não conseguem qualquer controlo a grande escala, em nenhum local.

A um nível geral, e também de acordo com o ministério da Defesa do Reino Unido, as indicações do Kremlin são: avançar em diversas frentes, em quase todas as direcções – mas nenhum resultado decisivo terá sido alcançado.

Já Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, assegurou nesta terça-feira que a presença de militares estrangeiros no exército ucraniano não vai mudar os objectivos da Rússia da “operação militar especial”.

Esquema de milhões em Mariupol

A Procuradoria-Geral da Ucrânia informou que a polícia ucraniana desmantelou um grupo criminoso em Mariupol.

Os suspeitos roubaram ao todo cerca de 2.2 milhões de euros aos habitantes da cidade controlada pela Rússia.

O esquema começou em Maio do ano passado. Acediam às contas bancárias dos clientes, incluindo contas de pessoas que morreram na guerra e cidadãos que abandonaram o país devido ao conflito com a Ucrânia.

Os criminosos ligavam para os bancos – com meios tecnológicos que permitiam alterar a localização das chamadas – e pediam acesso às contas em nome dos clientes.

Os bancos ucranianos, como aparentemente tinham os dados todos confirmados na chamada, cediam esse acesso ao dinheiro, por telefone.

O dinheiro seguia depois para organizações terroristas, para colocar em causa a segurança nacional da Ucrânia.

Espiões espalhados

A Ucrânia alerta, há meses, que a Rússia tem espiões espalhados pela Europa, desde que a guerra começou.

O porta-voz das informações militares da Ucrânia, Andriy Chernyak, reforçou esse aviso e alertou para a presença de jornalistas entre os espiões.

De acordo com Chernyak, a Rússia está a tentar Influenciar autoridades e opinião pública de diversos países e recruta jornalistas estrangeiros para influenciar os colegas de profissão.

ZAP //

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