Marinho e Pinto propõe salário máximo nacional

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RTP / Flickr

O euro-deputado António Marinho e Pinto

Marinho e Pinto considera que deve haver “um limite aos rendimentos” e que é preciso definir uma espécie de “salário máximo nacional”.

Declarações defendidas pelo eurodeputado numa entrevista ao Observador, onde o ex-Bastonário da Ordem dos Advogados sublinha que o seu partido, o PDR, está “a estudar a possibilidade de instituir um salário máximo nacional”.

Logo que este fosse implementado, seria definido “um tecto a partir do qual as taxas de IRS aumentarão, podendo chegar aos 80 ou 85%“, defende Marinho e Pinto.

“O sr. admite que haja pessoas que tenham uma pensão de reforma de 170 mil euros por mês? Admite que possa haver pessoas numa empresa e que ao fim do ano recebam dois milhões de euros?”

São perguntas que Marinho e Pinto deixa no ar, nesta entrevista, para reforçar que “um dos objectivos políticos fundamentais de um partido republicano é eliminar as desigualdades em Portugal” e que mais “escandaloso” do que os “baixos salários”, o que é “obsceno” são “os altos salários com que as elites se remuneram a si próprias”.

Sobre as propostas económicas do PS, Marinho e Pinto salienta que “não podemos prometer aos portugueses a abundância de mel e de leite que não se lhes pode dar”.

“Dizer que se vai diminuir a TSU, criar problemas à sustentabilidade da Segurança Social, é grave. Não é politicamente honesto“, considera o ex-Bastonário, embora note que “é possível moderar a austeridade”.

E pode começar-se “pelos sectores mais frágeis da sociedade”; “pelos idosos, deficientes, crianças, pelos mais pobres”, aponta, frisando que um dos objectivos do seu partido “é um plano nacional de combate à pobreza”.

Acerca de Passos Coelho, Marinho e Pinto diz que é “um homem que não cumpre a palavra, um político que não cumpre o que promete” e que, logo, “não pode gerar boa opinião nos cidadãos de um país democrático”. Apesar disso, o ex-Bastonário reconhece ao governo o mérito porque “nunca houve tanta liberdade de imprensa como há hoje em Portugal”.

Sobre António Costa considera que “é um logro político” e “o resultado de operações de marketing e de operações mediáticas”.

Marinho e Pinto fala ainda da sua posição relativamente à detenção de José Sócrates.

Eu não ponho as mãos no fogo por José Sócrates. Sei só que não é assim que uma justiça num país democrático deve funcionar”, aponta.

“Eu tenho feito a defesa de José Sócrates, como fiz a defesa de Leonor Cipriano, como fiz a defesa de Mário Machado, como fiz a defesa de todas as pessoas que estão presas sem haver uma causa que justifique, à luz da lei em vigor, a sua prisão preventiva”, justifica ainda.

ZAP

3 Comments

  1. Já muita gente se apercebeu que este Sr.Mariano Pinto é um “logro” total mas infelizmente muitos portugueses vão atras da sua baboseira politica.

    Quando critica os altos salarios de comissário europeu mas diz que os mantém porque os outros também recebem, é no minimo muito curioso, aliás tipo do “chico esperto” mas aindá há gente inocente que acredita nestas boas vontades do Sr.Doutor, será da “mula ruça”. Caro Doutor, tenha juizo nessa sua cabeça e vá tentar enganar outros.

    Bem gostariamos de ter salários minimos altos mas como são sempre as entidades privadas que os dão, é fácil exigir quando não sai do bolso deste politicos de meia tigela ou será de quarta tigela?
    E já agora, a produtividade ? Porque não rapartir os lucros pelas empregados mas também responsabilizá-los pelos prejuizos ? Falar é muito fácil Sr.Doutor mas como diz o ditado, pimenta no C….. dos outros é doçura ou será também no seu ?

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