Marques Mendes acredita que António Costa pode estar a tentar sair para a Europa em 2024, e escolheu o novo Governo a pensar nisso mesmo.
Luís Marques Mendes considera que o reforço de poderes de Mariana Vieira da Silva, agora a número dois de António Costa e no Planeamento e Administração Pública, pastas importantes do Governo, mostra que António Costa gostava de a ver um dia no cargo de secretária-geral socialista, segundo o Observador.
“Assim se vê quem o primeiro-ministro gostava que lhe sucedesse. A questão é que não é o primeiro-ministro quem escolhe o seu sucessor como líder do PS”, afirmou o antigo líder social-democrata.
Marques Mendes, no habitual espaço de comentário na SIC, apontou três grandes riscos que António Costa enfrenta depois de ter decidido o novo Governo.
“A ministra da Agricultura é uma inexistência. Mantê-la é um erro. Fica a ideia de que o primeiro-ministro não arranjou ninguém para a substituir”, começou por dizer o comentador.
“Catarina Sarmento e Castro é uma académica sem perfil para a Justiça. Precisava-se de uma ministra mais executiva, tipo Alexandra Leitão”, continuou o comentador, antes de deixar uma avaliação sobre António Costa e Silva.
“Um excelente conselheiro. Culto, preparado, conhecedor, cheio de mundo. Receio é que seja mais um filósofo da economia que um ministro prático e eficaz. Acrescem duas contradições: é especialista em energia, mas não tutela a energia; é o ‘pai’ do PRR mas não vai tratar do PRR”, apontou.
João Gomes Cravinho também não ficou de fora das críticas. O novo ministro dos Negócios Estrangeiros, que transitou da Defesa, depois de, alegadamente, Marcelo Rebelo de Sousa ter impedido a sua continuidade no cargo está, segundo o social-democrata, irremediavelmente fragilizado.
“Um meio ministro. Um ministro politicamente diminuído. [António Costa] tira-lhe metade do Ministério e logo a parte mais importante (Assuntos Europeus). Aceitou o que Santos Silva nunca aceitaria (ser meio ministro). Nunca mais será levado a sério. Nem pelo Presidente da República, nem pelo primeiro-ministro, nem pelo próprio Ministério”, disse Mendes.
O comentador acredita ainda que António Costa desenhou um Governo a pensar na sua saída para presidente do Conselho Europeu, em 2024.
A escolha de Tiago Antunes como secretário de Estado dos Assuntos Europeus, pasta que passa a estar sob a dependência direta do primeiro-ministro, é um sinal disso mesmo, acrescenta.
“O primeiro-ministro tem grandes hipóteses de ascender a Presidente do Conselho Europeu, cargo para o qual já foi convidado em 2019. Mas teria de deixar de ser primeiro-ministro. Só que a saída do primeiro-ministro pode dar origem a eleições antecipadas. O primeiro-ministro tem a legítima ambição de exercer um cargo europeu e tudo ajuda, menos o calendário político”.
“De resto”, continuou Marques Mendes, “esta é uma das explicações para o primeiro-ministro ter dividido o Ministério dos Negócios Estrangeiros em dois e ter colocado o secretário de Estado dos Assuntos Europeus [Tiago Antunes] na sua dependência. Assim, controla melhor todos os contactos e negociações com vista à sua eventual ida para a Europa”, antecipou Marques Mendes.
Como Durão Barroso como António Guterres e agora Costa, para estes qual é o interesse em governar Portugal… Zero todos querem é taxo na Europa….
Mais uma teoria do mago das previsões…
Previsões de acordo com a sua estatura, baixas…
O anão das previsões que acerta pouco e fala sem fundamentação. Um populista liberal …
Não conta é com os golpistas à maneira do Costa e isso pode alterar todas as previsões!
Isto já parece uma monarquia!