Marcos Freitas está numa equipa russa, sem jogar: “É frustrante”

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José Coelho / Lusa

O português Marcos Freitas.

Melhor jogador português de ténis de mesa representa (ou representava) a Fakel-Gazprom Orenburg. Liga dos Campões está suspensa.

A invasão à Ucrânia tem originado muitas sanções. Não só políticas ou económicas, mas também culturais ou desportivas.

No desporto os castigos a atletas russos ou equipas russas têm surgido praticamente todos os dias, em diversas modalidades – alguns interferem com portugueses nas respectivas modalidades.

O ténis de mesa, pelo menos para já, fugiu à regra. No dia 27 de Fevereiro a União Europeia de Ténis de Mesa informou que adiou o jogo da segunda “mão” das meias-finais da Liga dos Campeões, entre duas equipas russas: Fakel-Gazprom Orenburg e TTSC UMMC.

O encontro deveria ter sido realizado na sexta-feira passada, mas foi adiado para Abril, provavelmente noutro país.

O Fakel-Gazprom Orenburg, que venceu a primeira “mão” por 3-1, é a equipa de Marcos Freitas (que não jogou nesse duelo).

O português, envolvido numa “incógnita”, ainda não sabe o que vai acontecer: “Ainda temos jogos da Liga russa planeados para Maio e Junho, mas não sabemos se acontecerão. Ignoramos ainda se conseguiremos viajar para a Rússia porque há dificuldade em obter vistos. Estamos a aguardar informações do clube”.

Em declarações ao jornal A Bola o jogador disse que “ninguém esperava isto” e admitiu que se sente frustrado: “É um pouco frustrante constatar que estas decisões políticas, fora do nosso alcance, podem afectar tanto a nossa profissão”.

Marcos Freitas não sabe se vai continuar ao serviço do Fakel-Gazprom, na próxima temporada, mas tem noção de que é “difícil” voltar a jogar pela sua equipa ainda nesta época.

Entretanto, o Borussia Düsseldorf assegurou a presença na final da Liga dos Campeões, ao vencer o 1. FC Saarbrücken – mas não sabe se a final será realizada.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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