Solidariedade, cooperação. Presidente da República deixou ao primeiro-ministro uma “declaração de guerra como nunca tinha visto”.
A época é de Natal, o encontro era para dar as boas festas, mas a “festa” não foi muito agradável para o primeiro-ministro.
Esta quarta-feira foi o dia em que o presidente da República recebeu o Governo no Palácio de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa até elogiou o Executivo liderado por Luís Montenegro: começou a governar Portugal “num momento muito difícil do mundo” e tem estado numa “corrida contra o relógio”.
“Tem sido um esforço ademais, tendo logo que enfrentar eleições europeias e eleições em vários países da Europa. E saúdo o esforço do primeiro-ministro para estar em toda a parte ao mesmo tempo”, continuou o chefe de Estado.
Mas Marcelo também aproveitou para deixar recados. O presidente da República acha que ter solidariedade institucional não chega; é preciso maior cooperação estratégica”.
“Não basta a solidariedade institucional, que foi sempre boa entre o Presidente da República e os sucessivos governos, e continua a ser claramente boa. Mas não é suficiente”.
“No presente, porque os problemas são mais graves ainda, tem de haver cooperação estratégica, quer na política interna, quer na política externa e na Defesa Nacional“, alegou Marcelo.
O presidente da República exige “estabilidade, segurança e previsibilidade, ademais num período em que vai haver duas eleições nacionais num ano”.
“Com Costa é que era…”
Este momento “muito duro” foi o “fim do estado de graça entre Marcelo e Montenegro, comentam Helena Pereira e Ana Sá Lopes no Público.
Ana Sá Lopes aponta mesmo: “Foi uma declaração de guerra como nunca tinha visto num Governo com tão pouco tempo de vida”.
Para Bruno Vieira Amaral, Marcelo dá muita importância à estabilidade. Mas “em Governos (dois de António Costa) que não precisavam do presidente, Marcelo contribuiu para essa estabilidade. Agora, quando o Governo precisa, o presidente está aqui neste lamento, nestas lamúrias de antigamente é que era bom, que com António Costa é que era bom“.
Na rádio Observador, o comentador político lembra um ponto essencial na postura de Marcelo: “Não é institucional. E custa-lhe horrores quando tem pela frente alguém mais institucional – Montenegro é assim por uma questão de cautela”.
Com Costa era bom par quem quer governar em vez de Costa.
o primeiro mandato – a geringonça – acho que todos nós achamos que quem governava em grande parte das situações era o PR (Marcelo).
No segundo mandato já não foi bem assim, mas Costa como queria sair para ir para o tacho da UE, fazia as vontades ao PR para que este não lhe dificultasse a vida.
O Próprio PR o disse que com o Montenegro como PM lhe iria dar mais trabalho do que o Costa.
Claro que este PM não permite que o PR o substituía ( que era no caso do Costa).
Não entendo como o Sr. Marcelo se diz PSD quando se formos a analisar a sua postura politica sempre se deu bem foi com os do PS!