O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, gostaria de se distinguir dos seus antecessores eleitos em democracia por não ter usado a ‘bomba atómica’, ou seja, a dissolução do Parlamento.
A confissão é feita pelo Presidente numa entrevista ao Diário de Notícias que vai ser publicada na íntegra na edição de domingo do jornal, mas da qual a agência Lusa já divulgou alguns excertos.
“Se me pergunta se eu gostava de evitar a ‘bomba atómica’, porque o país estava em condições tais que ela era evitável, gostava”, aponta Marcelo.
Contudo, a dissolução será inevitável se se verificarem algumas condições, avança o Presidente.
“O primeiro requisito é que haja uma crise institucional particularmente grave. O segundo é que não seja possível encontrar um Governo no quadro da mesma composição Parlamentar. E o terceiro é que seja plausível, com os dados disponíveis naquele momento, que o resultado da eleição conduza ao desbloqueamento da situação que gerou a dissolução”, refere o Presidente da República.
“Pessoas de carne e osso” tornam Venezuela caso peculiar
Marcelo fala também da situação da Venezuela e dos seus reflexos na comunidade portuguesa, avisando desde logo que “tudo aquilo que se disser é de uma grande responsabilidade, porque esses compatriotas olham para aquilo que é dito ao pormenor”.
Assim, recusa responder directamente à pergunta sobre se é possível que Portugal venha a votar contra as sanções, se elas vierem a ser discutidas na União Europeia (UE).
Recorda, contudo, que “Portugal está solidário com a UE e a UE, naturalmente, quando tiver de apreciar esta questão, apreciará através do debate entre todos os seus Estados-membros, sabendo-se que Portugal está numa situação muito específica“.
Marcelo quer deixar bem clara a diferença entre Portugal e os seus parceiros europeus, porque “uma coisa é estar a tratar-se de problemas que são importantes para o relacionamento entre a UE e outro qualquer país sem ter lá tantos nacionais, outra coisa é tendo lá tantos nacionais”.
A prudência na abordagem da situação no país sul-americano é reforçada com a consideração de que se está “a falar de pessoas de carne e osso, com as suas vidas, de várias gerações, e a grande maioria com a intenção de viver na Venezuela”.
Compra da Media Capital pela Altice “não é nada melindrosa”
Marcelo pronuncia-se também sobre a aquisição da Media Capital pela Altice, considerando que esta compra “não é nada melindrosa”. Notando que há “regras e reguladores”, o Presidente vinca que estes devem verificar “se esses princípios e essas regras são ou não são respeitados”.
E a propósito deste regulador – a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) -, Marcelo afirma que seria “obviamente importante que tivesse havido acordo entre os partidos há muito tempo” para nomear um novo conselho para a entidade.
Ao analisar a crise que afecta a comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa chama a atenção para o facto de ser “evidente que não há democracia se não houver comunicação social livre e forte”.
Avisa, por outro lado, que “não se pode transformar a comunicação social em bode expiatório ou em razão justificativa daquilo que correr melhor e, sobretudo, pior, na actividade de quem exerce funções políticas em democracia”.
Marcelo aborda ainda a possibilidade de se recandidatar, declarando que se sentir que tem “um dever ético, um dever cívico, o dever estrito” de se candidatar, candidata-se. Mas adianta que só daqui a três anos é que olhará “para a realidade” e fará a pergunta a si próprio.
ZAP // Lusa
O que Marcelo mais quer é demitir o … Passos Coelho. E novidades?
Não me apoiaste para Presidente, C’est l’heure de la revanche… Já tudo o país percebeu isso há muito.
Gostei do raciocínio. Pena que esteja totalmente fora do contexto. Mas continue assim. Um dia acerta.
Em que mundo vive? É provavelmente o único que não sabe disso!!! Então esquece-se do apoio dado pelo Presidente da República ao anterior presidente da bancada parlamentar do PSD? O senhor anda a dormir ou é emigrante e apenas vem a Portugal de férias?
“Em que mundo vive?” Isso pergunto-le eu. Onde há referência a Passos? Nas entre linhas? Foi por isso que diisse que estava fora do contexto! Mas… que eu me lembre o Marcelo nunca apoiou o Passos. Mas posso estar enganado.
Censura de novo. Agora já não é por questões políticas. Agora (?) é por questões profissionais… Será que não aceitam criticas?
Mas… vai ficar na História por ter andado, de mão dada, a um governo responsável pela morte de 64/65 civis após mudança na protecção Civil de 80% dos seus membros por Boys do PS; de terem roubado armamento militar…que possivelmente será utilizado para matar civis europeus ou não; de fechar os olhos a um governo onde os seus secretários de estado andam a boleia de convites de empresas privadas; de o governo apoiar o governo de Venezuela…que se está a tornar numa ditadura onde trabalham e vivem milhares de portugueses..e muito mais!
O Marcelo ” Cego é aquele que não quer ver…” não é o meu caso!
O teu caso parece ser bem pior do que apenas “cegueira”!…
Caro Comentador,
Se tivesse vergonha na cara…ficava calado! Como não tem…vem para aqui insultar! Isto acontece quando falta argumentos…e QI baixo!
Mais…nos comentários que efetuo coloco o meu nome, ao contrário do Sr. Isto só revela cobardia…da sua parte! E devia ser proibido…
Ah?!
Estou a ver que o teu caso ainda é mais grave… tira férias e vai tratar isso antes que piore!…
Aproveita tu também e interna-te de vez!
Vá lá… Faça-lhe companhia… Não o deixe ficar só. Vai ver que não estranha… Se calhar gosta. E até é um sítio que já conhece, não é Sr Álvaro??