Acidente com carro de Cabrita. Marcelo diz que a justiça não pode ser “demasiado lenta”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República apelou hoje a uma justiça com prazos e investigações mais céleres, a propósito do caso do acidente na A6 com o carro em que seguia o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Durante uma visita a uma feira de solidariedade, no Centro de Congressos de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pela comunicação social sobre os cinco meses que passaram desde este acidente, que provocou a morte de um trabalhador que realizava trabalhos de limpeza na berma da autoestrada.

Na resposta, o chefe de Estado considerou que o problema não é este caso “estar cinco meses em segredo de justiça”, mas sim que “as investigações judiciais, muitas vezes, porque são muito longas, deixam nos portugueses a sensação de que a justiça é lenta, e que é pesada e é complexa”, ressalvando que “isso é genérico”.

“Tem-se falado disso, precisamente das reformas da justiça, de que se fala tanto. Um dos objetivos fundamentais há de ser esse, que é encurtar prazos, acelerar investigações, na medida em que seja possível, para não haver a ideia de que a justiça é tão lenta, tão lenta, tão lenta, ou tem de ser tão lenta, tão lenta, tão lenta, que aparece aos olhos dos portugueses como lenta de mais”, defendeu.

Interrogado sobre um possível chumbo do Orçamento para 2022 apresentado pelo Governo Regional dos Açores e uma eventual crise política nesta região autónoma, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “quem acompanha essa matéria é o representante da República”, Pedro Catarino.

“O senhor representante vai acompanhando, ele é que tem competência para a intervenção, mas vai-me informado daquilo que vai sucedendo, e vamos ver o que é que vai acontecer”, acrescentou.

Cabrita remete para investigação em curso

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, voltou hoje a remeter para a investigação em curso quaisquer esclarecimentos sobre as condições em que aconteceu o atropelamento.

“Há algo que nunca me poderão apontar, que é violar a autonomia e a independência das autoridades judiciárias, a quem cabe a investigação”, disse hoje Eduardo Cabrita, à margem da sessão de encerramento do 1.º Fórum Portugal Contra a Violência, que decorreu na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, e no qual participou com a ministra da Justiça, Francisca van Dunem.

Questionado sobre perguntas ainda sem resposta cinco meses depois do acidente na A6, como a velocidade a que seguia o seu carro oficial no momento do atropelamento mortal, o ministro respondeu: “Essa pergunta não é a mim que me é dirigida”.

“Não é o absurdo do que dizem, esses absurdos que por aí são propalados, que são lamentáveis… A investigação está em curso, apurará as condições em que decorreu o acidente”, disse ainda Eduardo Cabrita.

O Presidente da República apelou hoje a uma justiça com prazos e investigações mais céleres, a propósito do caso do acidente na A6 com o carro em que seguia o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Se fosse o André Ventura estaria resolvido e ele condenado a pagar 1000 milhões de euros e a pedir desculpas publicamente…
    É uma vergonha este país! E o ministro continua em funções!

    • Mais um alienado da religião da ignorância/Ventura…
      .
      O Cabrita pode ser o pior ministro do mundo mas tem ZERO responsabilidade no acidente!!

      • Raios…… Sr. Eu, já tem conhecimento privilegiado do resultado da investigação !….mesmo que o Sr. Cabrita tenha ordenado ao motorista de meter o prego a fundo ?

      • Ordenar?!
        O Cabrita pode ordenar o que quiser; o motorista só põe prego a fundo se quiser.
        Isto além da vítima estar no meio da AE…

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