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Marcelo põe equipa médica a acompanhar líder do Sindepor em greve de fome

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José Sena Goulão / Lusa

Ausente em Madrid, Marcelo Rebelo de Sousa mandou a sua equipa médica acompanhar a situação do líder do Sindepor que faz greve de fome em frente ao Palácio de Belém.

O Presidente da República deslocou-se na quarta-feira a Madrid para participar na cerimónia de entrega de um prémio ao rei de Espanha, durante um congresso organizado pela Associação Mundial de Juristas.

Ausente em Madrid mas a acompanhar à distância a situação do líder do Sindepor que faz greve de fome em frente ao Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa mandou a sua equipa médica acompanhar a situação.

“O Presidente da República deu instruções à sua equipa médica para se disponibilizar para acompanhar o Senhor Enfermeiro, que já o contactou e se inteirou do seu bom estado de saúde”, lê-se numa nota publicada na página oficial da Presidência.

Na mesma nota, informa-se que a Casa Civil do PR recebeu na quarta-feira a direção do Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor), cujo presidente, Carlos Ramalho, se encontra em greve de fome.

Ramalho não quis ir à reunião, onde a Casa Civil de Marcelo “tomou conhecimento dos diferentes elementos apresentados pela direção do sindicato, que transmitiu ao Presidente da República, e recordou que se trata de matéria da competência do Governo“, informa o site oficial.

Carlos Ramalho diz que irá manter o protesto à porta da Presidência durante “o tempo que for necessário”. Marcelo reafirmou a partir de Madrid que só se volta a pronunciar sobre a greve dos enfermeiros depois de ser conhecida a decisão do tribunal, “que deve estar por dias”, sobre a legalidade ou não da requisição civil decretada pelo Governo.

Há mais um enfermeiro em greve de fome

O enfermeiro Duarte Gil Barbosa, do Hospital de S. João, no Porto, anunciou que vai iniciar uma greve de fome a partir de sexta-feira, dia 22 de fevereiro, emfrente à Assembleia da República. O protesto pretende chamar à atenção para a forma como o Governo está a gerir o conflito com os profissionais.

Ao Jornal de Notícias, Duarte Gil Barbosa revelou que se trata de um “grito de exaustão e de revolta” por toda a situação que tem vindo a ocorrer com os enfermeiros.

O gesto também pretende demonstrar solidariedade para com Carlos Ramalho, presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), que está em greve de fome desde quarta feira no Palácio de Belém.

“Não faz muito sentido atacarem os enfermeiros como têm atacado“, frisou, acrescentando que apela ao Governo e ao Ministério da Saúde para reconsiderarem a posição e retomarem as conversações com os enfermeiros.

A possibilidade de marcação de faltas injustificadas durante a greve cirúrgica e o desconto nos salários dos dias em que fizeram greve são dois dos motivos que o levaram a tomar esta posição.

Duarte Gil Barbosa vai estar em greve de fome entre as 12h de sexta-feira e as 12h de domingo. No final desse dia entra ao serviço na unidade de recobro do S. João. “Não me posso dar ao luxo de estar sem trabalhar”, desabafou.

ZAP //

4 Comments

  1. Será que este senhor também manda a sua equipa médica cuidar de todos os grevistas de fome deste País, quando a fazem? Que fabulosa hipocrisia, populismo, existe nesta tomada de posição!

  2. Eu fazia mellhor,dava-lhe a escolher ser eutanasiado,ou passar a ganhar o salário minimo(600€) até ao resto da sua vida,trabalhado 40hrs por semana!

  3. “A possibilidade de marcação de faltas injustificadas durante a greve cirúrgica e o desconto nos salários dos dias em que fizeram greve são dois dos motivos que o levaram a tomar esta posição.”

    numa empresa normal, quem faltar ao trabalho nao recebe esse dia, porque é que os enfermeiros que faltam ao trabalho querem receber? querem mama? trabalhem que ja ganham

    podem ter razoes para fazerem greve, mas o principal ja o têm o resto ja está a ser demais.

    assim faltavam todos os dias e no final do mês iam receber

  4. As pessoas que tem as operações cirúrgicas a ser sistematicamente adiadas é que deviam poder ir pra lá também manifestar-se, para ver se esse senhor tomava consciência do que está a fazer. Mas esses não têm poder de reivindicativo e ninguém os apoiar!

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