O Presidente da República considerou que o secretário-geral das Nações Unidas “tem conseguido ir ultrapassando, torneando obstáculos cada vez mais difíceis”, num contexto “complicado”, expressando à sua ação e às suas prioridades.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de um encontro com António Guterres, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, em vésperas de intervir no debate geral da 73.ª sessão da Assembleia Geral desta organização.
Segundo o chefe de Estado, esta sessão da Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas decorre “num momento difícil“, em que no plano internacional se confrontam “comércio livre e protecionismo” e “multilateralismo e unilateralismo” e persistem “problemas por resolver em vários pontos do globo”.
“Tudo isso dá um ingrediente complicado para esta Assembleia Geral. Sabem que há países que têm eleições e que olham, portanto, para a situação universal de uma perspetiva eleitoral”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
Neste contexto, o Presidente da República elogiou a ação de António Guterres: “Por isso, mais mérito tem a intervenção do secretário-geral das Nações Unidas. Ele tem conseguido ir ultrapassando, torneando obstáculos cada vez mais difíceis”.
“Com uma paciência, com uma inteligência, com uma argúcia notáveis, tem conseguido pôr a falar com as Nações Unidas e às vezes entre si países que de outra forma não falariam”.
De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, no encontro desta segunda-feira com António Guterres – que decorreu no domingo à noite, já de madrugada em Lisboa, e em que também esteve o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva – Portugal expressou “o apoio ao secretário-geral, às suas prioridades, à sua atividade incansável e excecional, num ambiente muito difícil”.
O empenho no multilateralismo e o combate às alterações climáticas são alguns dos “inúmeros domínios em que Portugal apoia as opções e as atuações do secretário-geral das Nações Unidas”, acrescentou.
Relação com os Estados Unidos
Interrogado se discutiu com Guterres as posições da atual administração norte-americana, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Quando nós discutimos o multilateralismo, isso significa a preocupação de chamar todos a esse esforço, todos os nossos parceiros”.
“Temos uma relação antiga, histórica, com os Estados Unidos da América, a nossa relação transatlântica é importante e nós achamos que é fundamental o entendimento entre os Estados Unidos da América e a Europa“, reiterou.
O Presidente da República apontou a situação na Coreia do Norte como “um domínio raro em que houve passos positivos entre a última Assembleia Geral e esta Assembleia Geral” da ONU e manifestou a esperança de que “esses passos continuem, que o diálogo, que o clima que foi criado entre as duas Coreias se aprofunde”.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda o contributo dos militares portugueses para missões das Nações Unidas como a da República Centro-Africana e salientou que Portugal irá acolher em 2020 uma conferência da ONU sobre os oceanos, uma “prioridade” comum.
“Portugal trabalha no sentido de que haja sucesso na cimeira que vai ser organizada em 2020. E Portugal está a trabalhar com vários países, um dos quais, privilegiado, o Quénia”.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo a Nova Iorque, onde ficará até quarta-feira para participar e discursar na 73.ª sessão da Assembleia Geral da ONU. O Presidente discursa esta segunda-feira na Cimeira de Paz Nelson Mandela inspirada no exemplo do antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela.
ZAP // Lusa
Mais uma Martelada !
>>>> Guterres tem torneado os obstáculos … <<<<
Fugiu-lhe a boca para a verdade. Guterres tem torneado, não tem resolvido.
Até hoje, Guterres não resolveu um único problema.
Mas está a fazer aquilo que era esperado no seu lugar… ficar quieto e não provocar ondas !
Quanto mais quieto ficar, menos erros faz.