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Marcelo chama partidos a Belém e deixa recado à oposição

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Hugo Delgado / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir os partidos ainda este mês e sublinha: é “totalmente indesejável” haver eleições antecipadas nos primeiros anos de aplicação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Marcelo Rebelo de Sousa vai chamar os partidos a Belém no final deste mês. O objetivo do Presidente da República é ouvir as suas expectativas sobre a proposta do Executivo e o que pretendem ver inscrito no Orçamento de Estado para 2022.

Segundo o Público, o anúncio foi feito pelo próprio esta terça-feira, à margem do lançamento do livro Serviço Público, do ex-presidente da RTP Gonçalo Reis.

Questionado sobre as suas próprias expectativas, respondeu apenas: “Espero que haja Orçamento aprovado este ano para 2022 e no próximo ano para 2023″.

Para o chefe de Estado, a aprovação dos Orçamentos é “uma condição fundamental” para a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). E deixou um recado: “Imagine o que era haver crises que pudessem provocar problemas – seria totalmente indesejável. Espero, estou convencido que vai acontecer isso.”

Marcelo vai sentar-se à mesa com os partidos antes das férias de verão até porque em setembro não é o momento ideal por causa das eleições autárquicas. “É altura de haver essas reuniões, já que teremos um período eleitoral, que não é bom período para isso.”

Sobre o recuo do Governo na nomeação de Vítor Fernandes para a presidência do Banco de Fomento, Marcelo não quis comentar, dizendo apenas que “é uma opção do Governo”.

“Percebo a preocupação de, para um posto tão importante, se querer ter a certeza, antes do início de funções, de não haver problemas que venham a afetar aquilo que é essencial para os portugueses”, disse aos jornalistas, dando aval à decisão do Governo de esperar pela avaliação de idoneidade que será feita pelo Banco de Portugal (BdP).

O Expresso salienta que a preocupação do Presidente reside na boa execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde o Banco de Fomento terá um papel relevante.

“Este plano exige uma certa continuidade, não pode de repente começar com uma linha e haver descontinuidades”, disse, deixando um aviso à oposição.

O PRR exige “um rumo, independentemente de quem for o Governo“. “Vai haver muitas eleições pelo meio, gostaria que não fosse afetado por eleições, e que nem houvesse dúvidas sobre a equipa que vai avançar com a execução de um plano.”

Liliana Malainho, ZAP //

5 Comments

  1. Marcelo sacrifica o país, pelo sossego do seu mandato.
    Se o orçamento não serve, tem de ser chumbado.
    Se o governo não governa, tem de ser demitido.
    Se Vítor Ferreira não é credível, arranjem outro.
    Mas Marcelo não pode andar permanentemente a opor-se a qualquer mudança.

  2. Ao longo do tempo, o Marcelo tem demonstrado que não resiste ao exibicionismo. Como picareta falante, acaba sempre por contradizer-se. E quanto acção, nem aquece nem arrefece. Enfim, é uma inegável figura do sistema.

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