“Só ofende quem pode”. Marcelo desvaloriza cartazes racistas com Costa

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José Coelho / Lusa

Marcelo no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Peso da Régua

Marcelo no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Peso da Régua

O Presidente da República defende que é injusto punir uma classe pela conduta de um grupo “muito pequeno” de professores que “radicalizaram o comportamento”, no âmbito da polémica dos cartazes racistas com António Costa.

“Não se pode confundir uma minoria muito pequena de professores que tenham radicalizado o seu comportamento”, analisa Marcelo Rebelo de Sousa depois de questionado, à margem das marchas populares de Lisboa, sobre a polémica em torno dos cartazes exibidos durante um protesto de professores, no feriado de 10 de Junho, em Peso da Régua.

António Costa é retratado nesses cartazes e considerou-os “um pouco racistas”.

Questionado sobre se as imagens dos cartazes presentes no protesto são racistas, Marcelo nota que “não ofende quem quer, ofende quem pode“.

“Isso significa que só há verdadeiramente ofensa, quem tem estatuto para ofender. Estatuto significa que, verdadeiramente, quando faz o que faz, está a pensar num bem maior”, acrescenta o Chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa destaca ainda que no protesto dos professores no 10 de Junho, também viu t-shirts com mensagens alusivas a si, garantindo que não se sentiu ofendido.

“Isso não foi falado mas estavam lá. A mim não me ofendem, porque não é quem quer, é quem pode”, reforça o Presidente da República.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, a “maioria esmagadora dos professores não tem nada a ver com aquilo que seja o comportamento de uma minoria“. “Em 200 professores” que estavam no protesto, o Chefe de Estado viu “20 ou 30 com determinado tipo de comportamento”, como vinca.

Assim, seria injusto “punir uma classe pela conduta de um grupo muito pequeno dentro de uma classe”, acrescenta Marcelo.

“O Governo é o primeiro a saber que ao examinar-se a questão dos professores, não é isso que serve de argumento para ter uma posição mais ou menos favorável aos professores“, frisa também.

ZAP // Lusa

20 Comments

  1. Se um cartaz que tem o António Costa com cara de porco é considerado racista. Então quando o próprio Marcelo chamou os portugueses de “raia miúda” também é.

  2. Não se percebe isto das virgens arrependidas…
    o costa levou a mal o cartaz do porco e considera quem o fez racista e ele o que é?
    se o tratam mal é racista e ele tratar mal os professores não é ser racista…
    enfim…

  3. “Não ofende quem quer, ofende quem pode” ….diz alegremente o Sr. P.R ! . Alguém conhece melhor forma de legitimar esta “porca” forma de Manifestar e revindicar un legitimo direito ? ……Contesto , Eu , o Governo atual e o seu 1º Ministro , manifestei-o nas ultimas Legislativas com o meu voto . Certo é que nunca insultaria publicamente e da forma tão ofensiva, un 1º Ministro eleito democraticamente . Portanto há “Professores ,se é que o são” com notável falta de Educação . Bem podem agradecer o P.R da (inconsciente desvalorização ) desta forma de javardice Popular !…..

    • Se Costa se sentiu ofendido é porque viu que os cartazes se referiam a ele. E com isso considerou que ele tem nariz de porco. Realmente, o tiro saiu-lhe pela culatra e deu uma prova de pouca inteligência.

  4. Está na moda odiar e dizer mal do PS, por isso, está tudo bem. Tudo é admissível. Convém no entanto não esquecer que o comportamento fica e que, mais tarde ou mais cedo, os alvos mudam.

    O cartaz é (no mínimo) de um mau gosto atroz e eu, se pudesse, perguntava a quem o empunhava e a quem o desenhou se, tendo filhos (por exemplo) não se incomodaria se existisse iconografia semelhante mas com a cara dos filhos?

    Fica a pergunta e o reparo.

    • Este país está uma autêntica palhaçada, como palhaçada foi Costa levar o palhaço Galamba para a cerimónia do Dia de Portugal…e logo na 1ª fila.

    • A sério? Os seus filhos desgovernam um país?… Se sim, estão sujeitos às críticas exceto se forem em países governados por ditadores… Já faltou mais para ser o nosso caso!

  5. O nosso ilustre Presidente Marcelo, este muito mal. De certo modo alinhou na ofensa, na atitude de certos professores que deveriam ser tudo, menos professores. Ser-se professor requer valias, paixão pelo que se exerce, atributos, que dignifiquem quem ensina….Tendo dito.

  6. Desta vez, o Presidente da República falou pouco e bem, ao afirmar que o episódio dos cartazes não deve condicionar as negociações com os professores – para o Governo não inventar mais uma desculpa – e que cada um reage (ou não) a episódios desses – demarcando-se da postura de vítima autoprovocada do Primeiro Ministro.

    • É isso mesmo!
      Este episódio veio mesmo a calhar ao Costa que, relativamente aos professores, só tem dito mentiras. É pena que as pessoas não se apercebam dessas mentiras, uma vez que não se informam com quem vive a Escola na realidade.
      A comunicação social tem feito o seu (mau) papel ajudando a alimentar toda esta encenação do Costa.
      A empresa de propaganda do governo, lpm (luis paixão martins), vai fazendo o serviço para que foi contratada, basta consultar o Twitter, nem sequer disfarçam!

    • É isso mesmo!
      Este episódio veio mesmo a calhar ao Costa que, relativamente aos professores, só tem dito mentiras, sendo o principal objectivo virar a opinião pública contra a classe docente. É pena que as pessoas não se apercebam dessa estratégia, uma vez que não se informam com quem vive a Escola na realidade.
      A comunicação social tem feito o seu (mau) papel ajudando a alimentar toda esta encenação do Costa.
      Parece que ninguém se indignou com a afronta que o PM fez ao presidente, levando o Galamba às celebrações…
      A empresa de propaganda do governo, lpm (luis paixão martins), vai fazendo o serviço para que foi contratada, basta consultar o Twitter, nem sequer disfarçam!

  7. A sua analogia só teria fundamento se esses filhos governassem um país, que não seria nunca o caso!
    Já agora a definição de caricatura no dicionário Priberam:
    “Representação grotesca ou exagerada de pessoas ou acontecimentos”.

    “caricatura”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/caricatura.

    • O senhor tem toda a razão. Pessoalmente não concordo com uma liberdade de expressão total, sem limites. Mas quem defende esta total liberdade de expressão, depois não aceita que essa mesma liberdade se aplique a si.

  8. “Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz”.
    Pois, agora são virgens ofendidas, mas quando estavam na oposição havia a invocação da liberdade de expressão e de criação artística e já tudo era possível.
    Governem e deixem-se de artimanhas e desculpas.

  9. Ainda bem que o Costa viu e ouviu tudo aquilo sobre ele e os seus “compatriotas”. Estão sempre unidos na ladroeira, e assim continuarão num descompasso desenfreado. Este Governo é uma vergonha, e não se preocupa minimamente com as situações políticas/sociais que ocorrem quotidianamente.
    Os cartazes são uma forma de protesto legítima. O seu conteúdo não será pior do que certas ideias empreendidas/veiculadas por um Governo de Esquerda que só quer o cofre cheio, e pisar as minorias sem expressão, sem voz. Aqui em Portugal e, também, noutros países. É uma grande tristeza.

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