Marcelo: mesmo com boa economia, pode não haver boa política

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Manuel de Almeida / LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (D) acompanhado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva (C)

Presidente da República recorda tempos do Estado Novo. E “encolhe-se” no momento de falar sobre o antigo adjunto de João Galamba.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que “sem boa economia é difícil haver boa política”, mas ressalvou que “pode haver alguma boa economia e isso não ser suficiente para haver boa política”.

No final da inauguração da exposição “Unidos Venceremos! Protesto, Greves e Sindicatos no Marcelismo”, organizada pela Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 e pela Ephemera – Associação Cultural, o Presidente da República aludiu a fatores “que foram decisivos na ditadura, mas são permanentemente importantes em democracia”, que tinham sido referidos por José Pacheco Pereira, o comissário científico desta iniciativa.

“Um, os estudantes, ou seja, a educação, o ensino. Outro, a coesão social. Só há desenvolvimento económico justo se houver coesão social”, apontou.

Em terceiro, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a política, porque “sem boa economia é difícil haver boa política, mas pode haver alguma boa economia e isso não ser suficiente para haver boa política”.

“Sobre o 1.º de Maio, falarei hoje à tarde das lições destas exposições, a daqui e a do Barreiro, mas há uma lição óbvia muito diferente em ditadura e em democracia. Em ditadura não há liberdade, em democracia há liberdade”, enfatizou.

Frederico Pinheiro

O Presidente da República explicou hoje que “matérias muito sensíveis de Estado são tratadas discretamente” e por isso não lhe cabe dizer quando falaria com o primeiro-ministro sobre o caso da exoneração do adjunto do ministro das Infraestruturas.

“Em determinados temas particularmente sensíveis o seu tratamento não é na praça pública, não é sobre os holofotes da comunicação social. São tratados, vão sendo tratados até ao momento em que se vê que foram tratados”, começou por responder aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado sobre se já tinha falado com António Costa sobre a polémica que tem marcado os últimos dias.

Segundo o Presidente da República, quanto à conversa com primeiro-ministro, não lhe cabe “estar a dizer dia tal, horas tais, nestas circunstâncias”.

“Aqui, tratando-se de uma matéria sensível, de relevância nacional, o tratamento tinha que ser discreto”, respondeu.

No sábado, na Ovibeja, o Presidente da República escusou-se a comentar todo o caso da exoneração de Frederico Pinheiro, adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba, alegando que a primeira pessoa com quem iria falar quando tivesse a informação completa sobre o caso seria com o primeiro-ministro.

// Lusa

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2 Comments

  1. É interessante como a decisão de qualquer assunto ser ou não RESLOVIDO EM PRAÇA PÚBLICA nunca condiz com a Opinião Popular. Isto que dizer o quê? Que um Governo que jurou Proteger e Defender PORTUGAL e os PORTUGUESES, depois de assinar a JURA, DEIXA PARA LÁ QUE ISTO AGORA É NOSSO E NÃO PRECISAMOS DE DAR SATISFAÇÕES,,,!!!
    As afirmações de “sem Economia não há Boa Política mas com Boa Economia pode não haver Boa Política” são como os efeitos do Melhoral: NÃO FAZEM BEM NEM MAL.

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