Clube onde o argentino brilhou decidiu criar camisolas para assinalar o aniversário da sua morte. Mas a família não sabia.
As homenagens a Diego Armando Maradona continuam. O antigo futebolista morreu há quase um ano e, no dia 30 de Outubro, teria completado 61 anos.
Nesse sábado, as homenagens multiplicaram-se na Argentina. Foram interrompidos mais de mil jogos, todos aos 10 minutos (número 10 da camisola), e foi também disputado um jogo entre alguns dos campeões mundiais de 1978 e 1986 – a segunda selecção argentina já tinha Maradona em campo.
Chegamos a Novembro e as homenagens continuam. Desta vez para assinalar o aniversário da sua morte (faleceu a 25 de Novembro de 2020).
Em Itália, no clube europeu mais rapidamente associado a Maradona e onde o argentino foi realmente um “rei”, o Nápoles decidiu recordar o seu antigo número 10.
Ao longo do mês de Novembro, o Nápoles vai utilizar um equipamento diferente durante os seus jogos. As camisolas têm uma espécie de impressão digital do ex-jogador em tamanho grande, com o rosto estilizado de Maradona no meio.
O novo equipamento já foi utilizado no domingo passado, quando o Nápoles empatou em casa contra o Hellas Verona a uma bola. Curiosamente, o golo dos visitantes foi apontado por um argentino: Giovanni Simeone, filho de outra “estrela” do futebol da Argentina, Diego Simeone.
O problema é que a família de Maradona não sabia que isto ia acontecer: “A camisola de homenagem ao meu pai é um motivo de orgulho mas lamento a falta de consideração do Nápoles. Nós, herdeiros legítimos, nunca estivemos envolvidos nisto e não demos o aval para esta operação”, assegura o filho Diego Júnior.
A autorização para a criação deste equipamento diferente foi dada por Stefano Ceci, que foi agente de Diego Maradona: “Mas isto é uma situação diferente e deveria envolver directamente os familiares”.
Assim, a família do antigo futebolista vai seguir para tribunal: “Foi considerado válido um contrato que já não existe e, portanto, vamos tomar medidas legais. É estranho que um clube sério como o Nápoles tenha dado crédito a essa pessoa”.
