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Mapa interativo permite descobrir onde se localizavam as cidades há milhões de anos

O paleontólogo californiano Ian Webster criou um mapa interativo que permite que as populações percebam como é que as cidades, onde vivem hoje em dia, se deslocaram ao longo dos últimos 750 milhões de anos através do afastamento das placas tectónicas.

À CNN, Ian Webster diz que “este mapa mostra que o nosso planeta é dinâmico e pode mudar”, explicando que nada daquilo que conhecemos é igual ao que foi no passado, ou ao que será no futuro. “A história da Terra é muito complexa, e a estrutura atual das placas tectónicas e dos continentes é um acidente do tempo. Será muito diferente no futuro”, argumenta.

O mapa online apresenta uma série de ferramentas que facilitam a descoberta de mais detalhes sobre Terra, como por exemplo, perceber onde viveram os primeiros répteis, ou quando nasceu a primeira flor.

Webster construiu o mapa como uma aplicação da web, que é colocada em cima de outro mapa que visualiza modelos geológicos, criados pelo geólogo e paleogeógrafo Christopher Scotese. A parceria dos dois, em diferentes áreas de conhecimento permitiu desenvolver de forma eficaz o mapa.

Os modelos de Scotese mostram o desenvolvimento das placas tectónicas desde há 750 milhões de anos atrás. O site de Webster também utiliza GPlates, um software usado por geólogos para visualizar reconstruções de placas e dados associados ao longo do tempo geológico.

A invenção de Webster permite que os utilizadores indiquem a sua localização e, em seguida, conectem essa localização em modelos de placas tectónicas. Assim os utilizadores podem ver onde é que as suas cidades estavam localizadas há centenas de milhões de anos no super continente Pangeia.

O paleontólogo explica como funciona a sua aplicação: “O meu software geocodifica a localização do utilizador e, em seguida, usa os modelos de Scotese para encontrar a sua cidade no tempo”.

Ao pesquisar um local no mapa, o globo 3D giratório do site vai indicar onde é que esse sítio estava localizado há milhões de anos, mostrando também que espécies de dinossauros viviam nas proximidades da zona.

“O mapa ilustra dados científicos complexos e interessantes, que podem ser usados de forma interativa por professores, ou por qualquer pessoa interessada em história e em ciência”, garante Webster.

O trabalho que desenvolveu tem como objetivo “despertar o fascínio e o respeito dos cientistas que trabalham todos os dias para entender melhor o nosso mundo e o seu passado”, revela, orgulhoso, o paleontólogo americano.

ZAP //

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