Os manuscritos roubados de Charles Darwin voltaram a Cambridge (e de uma forma original)

(dr) Cambridge University Library

Esboço da “Árvore da Vida”, num dos últimos cadernos de Charles Darwin

Mais de 20 anos depois, dois blocos de notas, pertencentes a Charles Darwin, foram encontrados dentro de um saco cor-de-rosa, na Universidade de Cambridge.

Os cadernos – um dos quais inclui o famoso esboço da “Árvore da Vida”, de 1837 – foram devolvidos à Biblioteca da Universidade de Cambridge em março, 15 meses depois de a instituição de ensino ter lançado um apelo para que os manuscritos fossem encontrados.

De acordo com a CNN, os blocos de notas foram devolvidos de uma forma original: num saco de presente cor-de-rosa, que ficou no chão de uma área pública da biblioteca, fora do escritório do bibliotecário, no quarto andar do edifício.

Além dos cadernos, a “prenda” incluía também uma nota dactilografada direcionada à bibliotecária a desejar uma “Páscoa Feliz“.

Como a zona não tem câmaras de vigilância, não há forma – pelo menos, imediata – de descobrir quem devolveu os cadernos de Darwin. O autor do desaparecimento continua a ser anónimo.

Em comunicado, a universidade britânica revelou que os manuscritos estão em boas condições e sem sinais óbvios de danos. Os cadernos deverão ser exibidos ao público a partir de julho, como parte da exposição “Darwin in Conversation” na biblioteca de Cambridge.

“O meu alívio com o regresso seguro dos cadernos é profundo e quase impossível de expressar de forma adequada. Juntamente com tantos outros em todo o mundo, fiquei destroçada ao saber da sua perda e a minha alegria com o seu regresso é imensa”, disse Jessica Gardner, bibliotecária da Universidade de Cambridge.

“Podem ser minúsculos, apenas do tamanho de postais, mas o impacto dos cadernos na história da ciência e a sua importância para as nossas coleções de classe mundial não pode ser sobrestimada”, acrescentou.

A Biblioteca da Universidade de Cambridge listou pela primeira vez os cadernos como desaparecidos em 2001, depois de terem sido retirados de uma sala forte para que as coleções especiais fossem fotografadas.

Acreditava-se que tinham sido incorretamente arquivados noutro sítio do edifício, mas uma grande procura em 2020, a maior da história a biblioteca, não conseguiu localizar os cadernos. “Os curadores concluíram que os cadernos provavelmente foram roubados”, disse a biblioteca, na altura.

ZAP //

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