As portas da sala onde decorre a Convenção da Iniciativa Liberal (IL) foram este domingo mandadas encerrar por ordem da Mesa para que se iniciasse o processo de votação dos órgãos nacionais do partido, por via eletrónica, e as moções setoriais, presencialmente.
O momento insólito começou com repetidos avisos de que todas as portas da sala principal do Centro de Congressos de Lisboa iam ser encerradas, incluindo as do bar, com o alerta de que só poderiam ser usadas casas de banho específicas durante o processo da votação.
“Todos imediatamente para a sala. Alguém me faça o favor de mandar um berro lá para fora. As portas do bar também serão fechadas, tudo o que está no bar tem de vir cá para dentro”, pediu Nuno Fernandes, vice-presidente da Mesa, já depois de várias insistências.
O dirigente da IL detalhou todo o processo de votação, adiantando que os membros presentes na Convenção iriam receber um email com os quatro boletins de voto eletrónicos, assegurando que a Mesa estaria disponível para apoio técnico.
“Olhem para a vossa ‘app’, para o formulário, abrimos todos a ‘app'”, pediu.
Depois de um período de pausa nos trabalhos para preenchimento deste formulário, irá decorrer, de braço ar, a votação das 12 moções setoriais.
Neste período, um grupo de membros aproveitou para cantar os parabéns a alguém presente na sala.
O discurso de encerramento do futuro líder da Iniciativa Liberal, ainda não eleito, ‘derrapou’ para as 17:30, um atraso de quatro horas em relação ao previsto inicialmente.
No programa inicial, o discurso de encerramento estava previsto para as 13:30, horário que foi hoje de manhã atualizado para as 14:30, devido a alguns trabalhos que passaram de sábado para domingo.
A VII Convenção da Iniciativa Liberal termina hoje no Centro de Congressos de Lisboa, e os cerca de 2.300 membros do partido inscritos na reunião magna vão eleger o sucessor de João Cotrim Figueiredo na liderança do partido, que nas últimas legislativas passou de um para oito deputados.
Na primeira convenção eletiva da história da IL (fundada em 2017), disputam a presidência da Comissão Executiva Rui Rocha e Carla Castro, ambos deputados e membros da direção cessante, e o conselheiro nacional José Cardoso.