Malásia: navio capta novos sinais no Índico

Newtown grafitti / Flickr

Ocean Shield

Ocean Shield

As equipas de busca do avião da Malaysia Airlines, desaparecido há um mês, identificaram mais dois novos sinais de áudio “compatíveis” com caixas-pretas.

O chefe do Centro de Coordenação de Agências Conjuntas Angus Houston, que coordena a missão, informou que a embarcação Ocean Shield, equipada com equipamento de alta tecnologia, captou os ruídos novamente em duas ocasiões na terça-feira.

“O Ocean Shield conseguiu captar sinais em duas ocasiões, no final da tarde e durante a noite de terça-feira“, afirmou Angus Houston, que se encontra em Perth, no oeste da Austrália. O primeiro sinal, que durou cinco minutos e 32 segundos, foi captado durante a tarde, e o segundo sinal, de sete minutos, durante a noite do mesmo dia (hora de Perth).

“Eu acredito que estamos à procura na área certa”, disse Houston. “Mas antes precisamos identificar visualmente os destroços da aeronave para afirmar com certeza que este foi o lugar onde o MH370 caiu”, acrescentou.

No fim de semana, outros dois sinais já haviam sido identificados pelo Ocean Shield, que está munido de um towed pinger locator. Trata-se de um dispositivo que é rebocado em baixa velocidade e tenta ler pings (sinais de dados) que estão a ser emitidos pela caixa negra no mar.

Após a análise, especialistas do Centro de Análises Acústicas da Austrália concluíram que os primeiros pings não se tratavam de sons naturais, mas de ruídos emitidos por um “equipamento eletrónico específico“.

O voo MH370 desapareceu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo. A aeronave partiu de Kuala Lampur, na Malásia, rumo a Pequim, na China, mas desapareceu dos radares 40 minutos após a descolagem.

Área de buscas

Os novos sinais foram capturados a uma profundidade de 4,5km, na mesma região onde o Ocean Shield identificou os primeiros.

Angus Houston afirma que isso possibilitará restringir a área de buscas, crucial para que o veículo submarino autónomo Bluefin 21 possa ser enviado ao fundo do mar para buscar destroços e a caixa negra.

“Agora com mais sinais, esperamos ter uma área menor e, em poucos dias, detectar algo no fundo”, disse ele.

As equipes correm contra o tempo para recuperar a caixa negra, já que as baterias duram cerca de 30 dias. Desde o desaparecimento do avião, já se passaram 31 dias.

Sinais de radar e cálculos indicam que o avião teria caído no sul do Oceano Índico, mas até agora nenhum destroço foi encontrado.

ZAP / Lusa / BBC

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.