A operação de resgate do pequeno Julen sofreu um novo atraso. O poço que foi feito para chegar ao menino de dois anos vai ter que ser novamente perfurado.
Onze dias depois, os pais de Julen continuam à espera que uma equipa de resgate consiga alcançar o seu filho de 2 anos que caiu num poço com 107 metros de comprimento e 25 centímetros de diâmetro em Málaga no domingo, dia 13 de janeiro.
As expetativas centradas na terça-feira foram defraudadas. Em causa está um erro de cálculo inicial do seu diâmetro. A confirmação deste novo retrocesso veio pelas mãos da Subdelegação do Governo de Málaga, esta terça-feira.
As autoridades confirmaram, de acordo com o Jornal de Notícias, que o poço “terá que ser enchido com terra fina” e “perfurado novamente” para que tenha um diâmetro maior do que o atual. Há o sério risco de os tubos ficarem presos e danificados, comprometendo toda a operação de resgate.
Para Felipe Mendaña, engenheiro rodoviário citado pelo Observador, este passo atrás trata-se de “um erro devido à pressa” em encontrar Julen. “Não é um erro de avaliação”, explicou.
Na segunda-feira, a equipa de resgate tinha anunciado a finalização da perfuração vertical ao fim de 55 horas de trabalho. Segundo explica o diário El Español, citando fontes oficiais, as “dificuldades surgiram depois dos 40 metros de profundidade”. Os tubos que foram colocados no túnel escavado excedem o diâmetro existente.
A mesma fonte explicou que foram levadas em conta várias opções, acabando os operacionais por reabastecer o poço para depois o perfurar novamente com uma nova largura. “Não é possível dar uma estimativa do tempo que vai demorar esta nova operação”, disse a fonte contactada pelo jornal.
Os mineiros pretendiam começar esta terça-feira a perfurar o túnel horizontal para chegar ao local onde se acredita que está o menino. Só esta parte do trabalho, que contempla cerca de quatro metros, pode demorar 24 horas. Depois de feita a ligação, a equipa de oito mineiros descerá em grupos de dois numa cápsula preparada para o feito.
As operações de resgate de Julen têm sido um dos casos mais acompanhados em Espanha: envolvem centenas de pessoas, dezenas de empresas, capital público e privado para executar um trabalho que levaria meses. Há esboços, desenhos, gráficos, chamadas para todo o tipo de empresas e especialistas e várias reuniões por dia.
O tribunal de Málaga anunciou a abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias em que Julen Jimenez caiu do poço no dia 13 de janeiro.
Santa incompetência, para o ano talvez lá cheguem!
a SENHORA FAZIA MELHOR? ENTÃO PORQUE NÃO VAI LA?
Há perguntas que eu ainda não vi serem feitas:
– o miúdo caiu com os pés para baixo ou com a cabeça?
– uma queda com esta profundidade não provoca logo a morte, mesmo que ele roce nas paredes?
– o poço terá água, que provoque o afogamento?
Muitas mais perguntas se poderiam fazer. Esta situação é extremamente complexa e o resgate, se não impossível, é seguramente uma operação incrivelmente difícil. No entanto, há que salutar que ninguém baixou os braços e isso revela bem o caráter do estado espanhol e de todos os envolvidos. Não será fácil resgatar a criança com vida mas a esperança será sempre a última a morrer. Boa sorte a todos os envolvidos e que esta história possa ter um desfecho feliz.
À pessoas que falam sem saber mais valia estarem caladas deixemos de preconceitos e comentários tristes