Mais peso ou mais repetições? Ciência põe fim ao eterno debate dos ginásios

Mais ou menos carga? Mais ou menos repetições? Uma equipa de investigadores mediu qual destas formas é a melhor de treinar.

Não há propriamente uma fórmula a seguir para conseguir os melhores resultados no ginásio. Se a sua intenção é ganhar massa muscular, é indiferente apostar em mais peso ou num maior número de repetições nas séries. Esta é a conclusão de um grupo de cientistas da Universidade Estadual de Campinas, no Brasil.

Na prática, concluíram os autores, o treino de musculação perfeito é aquele que consegue atrair a pessoa para a prática de exercício físico e que presa a consistência. Dificilmente terá resultados visíveis se for apenas uma vez por semana ao ginásio.

No mínimo, são recomendadas duas sessões semanais de treino de musculação. Além disso, são recomendados mais, pelo menos, 150 minutos semanais de atividade aeróbica. Neste caso, a ideia é a prevenção de doenças e não a parte estética.

As conclusões dos investigadores brasileiros chegam depois de terem acompanhado 18 homens, com uma idade média de 23 anos, totalmente saudáveis. Os voluntários foram divididos em dois grupos. Um dos grupos tinham um treino focado em exercícios com mais peso e menos repetições, enquanto o outro contava com séries maiores, mas com menos carga.

Para avaliar a evolução dos voluntários, os investigadores foram recolhendo amostras de sangue antes e após os treinos no ginásio. Desta forma, conseguiram medir quais metabólitos estavam presentes, como creatina, fosfocreatina e asparagina. Enquanto isso, a ativação muscular também foi medida.

Os resultados, publicados recentemente na revista Metabolites, revelaram que não havia diferenças significativas no aumento da massa muscular nem no nível de stresse metabólico dos voluntários dos diferentes grupos.

“O treino de força é um meio reconhecido de promover o crescimento muscular. No entanto, ainda não está totalmente claro se é mais eficiente atribuir valor às cargas ou ao número de repetições para atingir a hipertrofia”, explica o autor correspondente do estudo, Renato Barroso, citado pelo Canaltech.

Por isso, se a sua ideia era finalmente provar ao seu parceiro de ginásio que tinha razão quanto ao seu plano de treino, talvez fique um bocado desiludido.

ZAP //

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