No domingo, dia 29 de novembro, o Sol desencadeou a erupção solar mais potente dos últimos três anos. A explosão foi medida como um M4.4 na escala que os astrónomos usam para tempestades solares.
No dia 29 de novembro foi registada a erupção mais potente na superfície solar dos últimos três anos, segundo um comunicado do Laboratório de Astronomia Radiológica Solar do Instituto Físico da Academia de Ciências Russa.
A erupção alcançou uma potência de M4.4 segundo os detetores orbitais de raios-X, o que torna esta erupção uma das mais fortes na escala de cinco níveis, sendo que M é a segunda classe mais potente atrás de X. Segundo o Space, é provável que esta erupção solar tenha sido ainda maior, dado que o epicentro estava na parte oculta do astro.
“É óbvio que perante esta configuração, a potência real do evento continua desconhecida, já que vimos apenas uma parte. Consequentemente, não excluímos que a erupção efetivamente pertencesse à classe superior, X“, comunicou o laboratório.
Ainda assim, a localização da zona de atividade exclui a possibilidade de o evento ter afetado o nosso planeta, uma vez que as partículas carregadas e as nuvens de plasma formadas passaram a centenas de milhares de quilómetros da Terra.
Estas explosões libertam uma grande quantidade de ondas eletromagnéticas em diversas frequências. Os raios-X e a radiação ultravioleta ionizam o topo da atmosfera da Terra e causam algumas interferências nas ondas de rádio, interrompendo momentaneamente a comunicação de navios, aviões e radioamadores nas frequências abaixo de 20 MHz.
Em dezembro do ano passado iniciou-se um novo ciclo solar (ciclo solar 25) e o mínimo solar ocorre – ou ocorreu – este ano. Apesar de esta nova fase de atividade solar ter começado com esta poderosa explosão, os cientistas estimam que o ciclo será bastante calmo, muito parecido com o ciclo solar 24.