O Presidente francês viu-se obrigado a despedir o colaborador que tinha sido filmado a agredir um manifestaste no 1º de maio, alegando terem surgido “dados novos” sobre o caso.
Segundo o Público, o colaborador de Emmanuel Macron que foi filmado a agredir um manifestante no 1º de maio foi despedido e está em prisão preventiva. O gabinete presidencial anunciou esta decisão, alegando que “surgiram dados novos” sobre o caso.
Três membros da polícia também foram suspensos por terem removido partes do vídeo de vigilância da Praça da Contrescarpe, onde aconteceram as agressões, para os entregar a Benalla. Serão estes os “dados novos” mencionados pelo Eliseu, avança o jornal.
O caso foi denunciado, esta quarta-feira, pelo jornal Le Monde, com um vídeo do colaborador do Presidente francês, Alexandre Benalla, a atacar um jovem no chão durante uma manifestação por ocasião do Dia do Trabalhador.
A justiça francesa anunciou a abertura de uma investigação preliminar depois da transmissão daquelas imagens, não só pelas agressões mas também pelo facto de o colaborador se ter equipado com “um capacete com uma viseira da polícia, embora não seja polícia”.
Benalla foi responsável pela segurança de Macron durante a campanha presidencial de 2017, antes de ser nomeado “encarregado de missão” no Elysee, a Presidência francesa, como assistente chefe do Gabinete Adjunto do Presidente François-Xavier Lauch.
O caso gerou polémica, com a oposição a pedir “sanções mais duras” contra o segurança porque, embora tenha recebido “a mais séria sanção já pronunciada contra um alto funcionário que trabalha no Elysee”, a verdade é que só foi suspenso temporariamente, de 4 a 19 de maio, sem direito a vencimento.
Benalla também já tinha sido visto noutras ocasiões a agarrar e a retirar jornalistas à força de eventos públicos em que Macron participou.