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O regresso de um fundador à Eurovisão promete polémica

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Tali Golergant

Luxemburgo vai voltar ao festival mas a cantora que vai representar o país nasceu em Israel. Três países já tinham deixado avisos.

O Luxemburgo é um dos países fundadores do Festival Eurovisão da Canção.

Participou logo em 1956, na primeira edição, ao lado de Alemanha, Bélgica, França, Itália, Holanda e Suíça.

Entretanto já participou 37 vezes e já venceu cinco vezes. É um dos países com mais troféus (chegou a ser recordista), superado agora apenas por Irlanda e Suécia.

No entanto, foi afastado do festival em 1993, quando ficou no grupo dos sete últimos classificados; todos foram afastados.

Luxemburgou não participou no ano seguinte, nem dois anos depois… nem nunca mais.

31 anos depois, vai voltar. Em 2024 vai participar no festival, que neste ano se vai realizar na Suécia.

Mas a cantora que vai representar o Luxemburgo nasceu em Israel.

Chama-se Tali Golergant e nasceu em Jerusalém, filha de mãe israelita e de pai peruano. Viveu no Luxemburgo desde criança mas entretanto mudou-se para os EUA.

Ganhou o festival nacional no sábado passado, com a música Fighter.

https://www.youtube.com/watch?v=FkcVh8EB79w

“Adoro Israel. Visito o país todos os anos”, declarou a jovem cantora, citada no jornal The Times of Israel.

Em relação à canção: “É sobre ser uma lutadora na vida. Todos nós lidamos com coisas na vida; a canção é sobre como lidar com as dificuldades”.

O festival nacional no Luxemburgo foi produzido por outra israelita: Tali Eshkoli.

Recorde-se que Islândia, Finlândia e da Noruega não devem participar no festival deste ano se Israel participar – e Israel está na lista da Eurovisão, anunciada no mês passado.

É um protesto generalizado para o que está a acontecer em Gaza, palco de guerra desde Outubro.

A União Europeia de Radiodifusão, organizadora do festival, já disse que este concurso é “apolítico” e “para emissoras e não para governos“. E assegura que Israel tem todas as condições para subir ao palco.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

5 Comments

  1. Israel deve ser afastado da Eurovisão porque o país não subscreve os valores Democráticos da Uniâo Europeia, o regime é de extrema-direita e fundamentalista religioso. A invasão de Gaza, matando indiscriminadamente crianças e mulheres também atropela o Direito Internacional.

  2. A Rússia e a Bielorússia foram afastados. Sw é para emissoras e não para governos, qual a razão para uns serem afastados e outros não? Para mais Israel nem sequer fica na Europa.

  3. Se você procurar encontra as razões. A estupidez é nós darmos publicamente a nossa opinião sem primeiro informarmos+nos.
    Tipicamente português…

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