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Luta contra fogos custou 0,3% da despesa de Portugal em 2020, abaixo da média na UE

Nuno André Ferreira / Lusa

Incêndio na aldeia do Lavradio, em Ourém.

Portugal gastou 0,3% do total da despesa pública em 2020 no combate a incêndios, um valor que fica abaixo da média da União Europeia (UE), segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

De acordo com uma nota do Eurostat, Portugal, Bélgica, Malta, Áustria e Eslovénia gastaram 0,3% da sua despesa pública total nesta área. Enquanto isso, a Dinamarca gastou 0,1% e a Islândia 0,2%. Países como Espanha e Itália dedicaram 0,4% da despesa total aos incêndios.

A análise daquela entidade mostrou que os 27 Estados-membros alocaram 0,5% da sua despesa pública ao combate aos fogos, ficando a despesa portuguesa abaixo dessa média.

Já a Grécia e a Alemanha gastaram 0,6% da despesa pública no combate a incêndios e a Roménia 0,8%.

Em 2020, a despesa pública no combate e proteção contra incêndios rondou os 32,9 mil milhões de euros, um aumento de 6,4% face a 2019, quando estava nos 30,9 mil milhões. Na UE, a despesa pública nesta área tem-se mantido estável desde 2001.

Todos os anos, Portugal enfrenta um número significativo de incêndios. Este ano, uma onda de calor aumentou o risco de fogos, levando o Governo a declarar estado de contingência, que vigorou entre 11 e 15 de julho.

A 13 de julho, havia 430 fogos no território – 367 em curso, 14 em resolução e 48 em conclusão. A 21 de julho, embora já nenhum estivesse ativo, Portugal era o terceiro país na Europa com mais hectares ardidos: quase 58 mil hectares neste ano (contabilizados até 19 de junho).

Esse número já é mais do dobro de toda a área ardida em 2021 – e é o registo mais elevado desde 2017, ano dos incêndios trágicos em Pedrógão Grande.

Taísa Pagno , ZAP //

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