Panorama dos incêndios mais calmo, nesta quinta-feira. Mas Portugal é o terceiro país na Europa com mais hectares que já arderam.
A contabilidade de hectares que ardem em Portugal não pára de subir: quase 58 mil hectares neste ano, até 19 de Junho.
Ainda nem tínhamos chegado a meio do ano mas esse número já é mais do dobro de toda a área ardida em 2021 – e é o registo mais elevado desde 2017, ano dos incêndios trágicos em Pedrógão Grande.
A capa do Jornal de Notícias desta quinta-feira destaca que Portugal é o terceiro país na Europa com mais área ardida, neste ano.
Só Espanha e Roménia estão acima nessa lista, embora com margem considerável: 178 mil hectares em Espanha e 149 mil na Roménia.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil tinha registado 83 incêndios até ao final da tarde desta quarta-feira.
Ao início da manhã seguinte estavam em perigo máximo de incêndio mais de 60 concelhos dos distritos Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Santarém, Portalegre e Faro.
Os problemáticos – e prolongados – incêndios em Murça e em Bustelo passaram a estar em fase de resolução.
Ainda há 700 operacionais no terreno mas, às 11h desta quinta-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil já não tinha qualquer ocorrência importante a registar, no seu portal oficial.
Portugal continental continua em situação de alerta. O Governo vai reavaliar o perigo de incêndio nesta quinta-feira.
Entretanto, mais três pessoas foram detidas, por serem suspeitas de iniciar incêndios florestais. Os fogos decorreram em Celorico de Basto, Póvoa de Lanhoso e Guarda. Os suspeitos Têm entre 45 e 56 anos.
Ao longo de 2022, a Guarda Nacional Republicana já deteve 56 pessoas suspeitas de terem iniciado incêndios florestais. 600 suspeitos foram identificados.