Há 430 fogos no território, estando 367 em curso, 14 em resolução e 48 em conclusão. Estão quase 4200 operacionais no terreno e foram mobilizados 1338 meios terrestres em todo o país.
Dezasseis dos 18 distritos de Portugal continental estão esta quarta-feira sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA.
Os distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Viseu, Porto, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Évora e Beja vão estar até às 00h de quinta-feira sob aviso vermelho devido à persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o aviso vermelho corresponde a “uma situação meteorológica de risco extremo”.
Os distritos de Viana do Castelo e Faro escapam ao vermelho, mas estão sob aviso laranja e amarelo, respectivamente, até às 18h de quinta-feira, também por causa da persistência de valores elevados da temperatura máxima.
Quase todos os concelhos dos 18 distritos de Portugal continental apresentam hoje um perigo máximo ou muito elevado de incêndio rural.
Leiria é o distrito mais crítico
Os dados da Proteção Civil das 12 horas revelam que há 430 fogos no território, estando 367 em curso, 14 em resolução e 48 em conclusão. Estão quase 4200 operacionais no terreno e foram mobilizados 1338 meios terrestres e 16 meios aéreos.
O exército tem também mais de 130 militares no terreno a apoiar o combate, rescaldo e vigilância pós-incêndio, assim como em ações de vigilância e detcção, cerca de metade dos quais envolvidos nos fogos de Ourém e Pombal.
Por volta das 8h30, o distrito de Leiria era o mais problemático, tendo 990 operacionais e 286 meios terrestres a combater 24 fogos.
O incêndio que está a mobilizar mais meios é o de Abiul, em Pombal, que já está a lavrar desde sexta-feira e conta agora com 428 operacionais e 117 meios terrestres no combate às chamas.
O vereador da protecção civil da Câmara de Leiria, Luís Lopes, disse esta quarta-feira que a perspectiva para o combate aos incêndios que deflagraram no concelho na terça-feira é de evolução favorável, mas admitiu preocupação com o calor e vento.
“A perspectiva é de evolução favorável (…). O ponto de situação é muito mais favorável do que ontem [terça-feira], sendo certo que nos preocupam as condições meteorológicas que vamos ter hoje”, afirmou Luís Lopes.
Destacando que a situação é “bastante mais positiva”, o autarca referiu, contudo, que se tem de “aguardar pela hora de mais calor e com os ventos erráticos que se prevêem, para conseguir validar” os trabalhos desenvolvidos durante a noite.
Já no distrito de Viseu, em Mangualde, há 108 bombeiros e 33 meios terrestres no combate ao fogo. Em Faro, um outro incêndio deflagra em Montenegro, mobilizando 2020 operacionais, 80 meios terrestres e um meio aéreo. De acordo com o Público, o fogo já alastrou para Loulé e alguns moradores tiveram de sair das casas.
Autarca “muito preocupado” com fogo no Gerês
O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, também se manifestou esta quarta-feira “muito preocupado” com o incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda Gerês em direcção a várias freguesias do concelho.
O fogo, que deflagrou às 23h39 de terça-feira no lugar de Cidadelhe, Lindoso, no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), em Ponte da Barca, “não está controlado” e, pelas 10h55, afirmou Augusto Marinho, as chamas dirigiam-se “para as freguesias de Parada do Monte, São Miguel, Entre-Ambos-os-Rios”.
“O incêndio não está controlado. Neste momento, [10h55] essa frente de fogo ainda está na serra profunda, de muito difícil acesso, e dirige-se para as freguesias de Parada do Monte, São Miguel, Entre-Ambos-os-Rios”, referiu o autarca social-democrata.
De acordo com informação disponível na página da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, às 11h06, o fogo estava a ser combatido por 82 operacionais, apoiados por 22 viaturas e dois meios aéreos.
“Há um problema estrutural”, diz Costa
O primeiro-ministro apelou esta quarta-feira para que os proprietários de terrenos florestais se cadastrem e registem as propriedades, avança o DN.
“Procedam à identificação das vossas propriedades. Há programas de apoio a projetos florestais, mas só terá acesso a esse rendimento quem está identificado como proprietário”, pediu o governante.
“Apagar as chamas é a prioridade do dia de hoje e dos próximos, mas por trás de cada um desses incêndios há um problema estrutural, apesar da mão humana. Grande parte do território é uma mancha florestal que está abandonada, porque perdeu valor económico”, alerta.
“Hoje já não é preciso o graveto para fazer o lume. Pinheiro e resina também têm perdido valor. De geração em geração as propriedades foram ficado cada vez mais pequenas e ao abandono. As pessoas nem sabem o que têm, o que é um enorme problema para quem gere os territórios. Temos de reintroduzir riqueza na floresta e saber do que é que cada um é proprietário, é essencial completar o cadastro“, afirmou o primeiro ministro em Vila de Rei.
“As áreas florestais que estão suficientemente tratadas são as que têm retorno económico suficiente para sustentar esse tratamento. É preciso dar valor à floresta, porque cada um cuida do que tem valor. A floresta não pode ser uma ameaça para o país”, acrescentou.
ZAP // Lusa
O único problema estrutural que existe é o da incompetência dos senhores Primeiro Ministro e Presidente da República. A situação a que chegámos já foi identficada, discutida, legislada (mal e porcamente). Tudo continua na mesma
Não seja mais um problema, faça parte da solução, terá muito tempo para as discussões políticas partidárias,agora é tempo de combater os fogos, não de combater o Partido.
O Sr. Primeiro Ministro diz, afirma mas não assume as suas responsabilidades na matéria.
Em 2017 aconteceu uma tragédia já com António Costa a 1.º ministro. Na altura muito foi dito e muito foi imputado ao anteriro governo do PSD/CDS.
E agora quem tem culpa? não é o governo do Sr. 1.º ministro António Costa?
Foram feitas promessas, criadas leis e as coisas estão pior que em 2017…
Vê-se terrenos por limpar e ninguem faz nada (Estado / Policia)!!! onde anda o estado e onde começa e acaba a sua responsabilidade? é certo que se as leis existem devem ser cumpridas mas quando tal não é feito compete ao estado fiscalizar e se necessário atuar. Mas como sabemos o estado neste e em muitos outros assunto permanece passivo, deixa andar à espera que as coisas “corrram bem”….
Agora vê-se desgraças e o que faz o Governo? nada…
enfim mais do mesmo….
Deixe lá a política partidária por uns dias e faça parte da solução.Não seja mais um problema, faça parte da solução, terá muito tempo para as discussões políticas partidárias,agora é tempo de combater os fogos, não de combater o Partido.
Que falta de visão ou de preguiça de acção, em ambos os casos é inaceitável da parte daqueles que pretendem governar!
Qualquer pessoa que consulte os dados nacionais sobre a floresta e que os compare em seguida com os dados europeus, apercebe-se que em Portugal, a superfície das Matas Nacionais, comparada com a dos outros países europeus é absolutamente ridícula e que a propriedade rural é composta sobretudo por minifúndios, e muitos por cadastrar. Senhor Costa, acha que é aqui que reside o facto de que todos os anos, repetidamente, fogos alastram por todo o Pais? Estruturalmente quer que se volte ao tempo dos nossos avos? Mas os tempos mudaram-se. É ao Estado, perante tais mudanças sociais de propor um novo projecto social para a floresta com novas formas de organização e de utilização dos solos. Em vez disso, rendeu-se todo ao canto das papeleiras em prol da eucaliptização do território.
Na mudança climática que se enfrenta, é tudo o que propõe senhor ministro, que se cadastrem? Assim, sem outra projecção para o futuro! Mais valia estar calado ou deixar falar aqueles que sabem e que compreendem a situação actual, com capacidade de propor soluções globais que satisfaçam toda a sociedade.
Tantos sábios tantos artistas, e nenhum País onde o problema é semelhante, vêm buscar estes craques que tudo sabem de tudo discutem para tudo tem uma solução que ninguém aproveita, é admirável, gente falhada ou presa a partidos políticos, gente que não vale nada, sem valor,que nada faz, mas sempre pronta a criticar o semelhante.
É nestas alturas que a democracia a liberdade, fica em cheque,,é impossível aceitar que perante um desastre destes,com um País arder por todo o lado, e as Televisões ao invés de ajudar, de unir e apelar à União de esforços e colaboração de todos na tentativa do flagelo, Acrescenta problemas, procura a discussão, a discórdia,semeia o desentendimento, tal e qual os Partidos políticos que deviam animar e mobilizar as pessoas para este combate, fazem política a dificultar a concentração do que é importante, não Acontecia e tudo seria mais fácil se a liberdade ou a democracia não fosse tão aberta,tão livre,razão tinham os comunistas quando defendiam o limite da liberdade e da democracia aos interesses nacionais e dos portugueses, esta comunicação chamada de social não serve os portugueses,não serve o País são sempre um problema a acrescentar a um qualquer problema, sem prejuízo da discussão dos problemas que pode ser feito á posterior, em cima do problema é acrescentar.