Villas-Boas procura a todo o gás um substituto para estar no banco já no domingo, mas é o gaiense José Tavares que vai ser posto à prova na Europa esta quinta-feira. Paulo Fonseca já terá recusado voltar aos azuis e brancos.
O FC Porto despediu Vítor Bruno do comando técnico do FC Porto esta segunda-feira após 29 jogos, 18 vitórias e uma Supertaça para o museu azul e branco, e o presidente André Villas-Boas já procura a todo o gás um substituto para assumir o banco já no próximo domingo, aquando da receção ao Santa Clara.
Para já, a única certeza é que José Tavares, diretor da formação portista, vai assumir interinamente a equipa e vai assumir o leme no embate da próxima quinta-feira frente ao Olympiacos, a contar para a Liga Europa.
Apesar de ainda não haver uma decisão final, vários nomes estarão em cima da mesa da SAD portista para sucessor definitivo. A lenda do Barcelona, Xavi Hernández, foi considerada, mas a hipótese de contratar o ex-treinador dos ‘blaugrana’ terá sido descartada devido ao elevado custo financeiro e a questões de perfil técnico, avança O Jogo esta terça-feira.
A outra opção mais falada tem sido o regresso de Luís Castro, mas o técnico, que orientou o clube em 2013/14, também está caro: auferia 6 milhões de euros líquidos no Al Nassr e teria de aceitar uma redução salarial para voltar à Invicta. Mas há um fator que pode ajudar: o IRS.
A aplicação do regime fiscal para ex-residentes surge como um fator favorável à chegada de Luís Castro, que pagaria IRS apenas sobre metade da sua remuneração, reduzindo o custo bruto para os dragões, avança o Correio da Manhã esta terça-feira. No entanto, segundo O Jogo, o português não estará nos planos de Villas-Boas.
Há outros nomes
Paulo Fonseca, antigo treinador do clube e recentemente afastado do comando técnico do Milan e substituído por Sérgio Conceição, beneficiaria da mesma vantagem fiscal caso decidisse voltar ao Porto. No entanto, já recusou o cargo, segundo Nicolo Schira.
Edin Terzic, que treinou o Borussia Dortmund até à temporada passada, também foi apontado ao cargo, mas não estará nos planos, segundo O Jogo.
Outros treinadores disponíveis no mercado são Lucien Favre, Nico Kovac, Mark van Bommel, Daniele De Rossi, Tite, Maurizio Sarri, Walter Mazzarri, Massimiliano Allegri, Rudi Garcia, Joachim Low, Erik Ten Hag ou Rafa Benítez.
Daniel Sousa, Quique Flores, Roger Schmidt, Julen Lopetegui, conhecidos do futebol português, são outros quatro nomes livres para assinar.
Quem é José Tavares, o “faz tudo”?
Por enquanto, a única certeza é que o gaiense José Tavares vai assumir o comando técnico interino dos dragões.
Com vasta experiência no clube e uma passagem recente pelos norte-americanos do Crown Legacy, começou a sua ligação ao futebol no Canidelo, em Vila Nova de Gaia, e seguiu a formação no Boavista antes de uma carreira curta como jogador sénior no Coimbrões.
Como treinador, a jornada começa nos juniores C do Paços de Ferreira, tendo ingressado nos azuis e brancos a convite de Rui Quinta e uma recomendação de Vítor Frade, segundo o jornal Record, que descreve o treinador como um “faz tudo”.
Nos dragões, Tavares destacou-se inicialmente como treinador dos sub-15, com os quais conquistou o título nacional em 2010/11. Integrou depois o staff da equipa principal como observador e, mais tarde, tornou-se treinador-adjunto da equipa B, sob a orientação de Luís Castro.
Em 2016/17, assumiu o cargo de treinador principal da equipa B, embora a experiência tenha sido breve: fez oito jogos (venceu 3) como treinador principal dos ‘bês’. A partir de 2017 passou a coordenar os escalões de formação e regressou ao banco em 2020/21 para liderar os sub-19.
Foi em 2022 que aceitou o desafio nas Américas, ao serviço do Crown Legacy FC, equipa afiliada ao Charlotte FC. O FC Porto trouxe-o de volta há seis meses para liderar novamente o futebol jovem do clube.
Contra os gregos do Olympiacos, pela primeira vez como treinador principal do FC Porto, terá como assistentes Sérgio Ferreira, dos sub-19, e Silvestre Varela, também ligado a esta equipa. A equipa técnica temporária inclui ainda Pedro Silva como preparador físico e Diogo Almeida como treinador de guarda-redes.
Não haverão contratações de inverno
Num encontro no Olival, Villas-Boas e a direção reiteraram o foco no jogo de quinta-feira e foi reforçada a confiança na qualidade do plantel, com indicações de que não deverão ocorrer movimentações neste mercado de transferências, exceto casos pontuais como Wendell e Gabriel Veron.
O FC Porto só foi campeão uma vez nos últimos 50 anos depois de trocar de treinador a meio da época: foi com Jesualdo Ferreira, que substituiu Co Adriaanse, em 2006/07. Resta saber se estes dragões vão conseguir superar o mau presságio.
Boa tarde,
Permitam-me, com todo o respeito que este canal me merece, uma pequena correção linguística: Não vão haver… (!)
Continuem com o bom trabalho
Carlos Gomes