Litoral alentejano com dificuldade em recrutar nadadores-salvadores

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Alvesgaspar / Wikimedia

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A associação de nadadores-salvadores Resgate, sediada em Sines, está com dificuldade em completar o grupo de 42 elementos necessários para 11 praias do Alentejo durante a época balnear.

O número de vigilantes recrutados “não chega a 30”, até hoje, referiu à agência Lusa António Mestre, presidente da Resgate – Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano.

O responsável afirmou não ter uma explicação concreta para a situação, tanto mais que, nos últimos três anos, essa tendência habitual inverteu-se, mas adiantou algumas teorias, como o facto de as despesas com o alojamento e a alimentação demoverem alguns interessados que têm de se deslocar de outras regiões.

“Pela primeira vez em 14 anos”, indicou ainda, não se realizou um curso de nadadores-salvadores em Sines, o que também pode justificar o défice, uma vez que “alguns sempre ficavam interessados em trabalhar” após concluírem a formação.

Mais a sul, no concelho de Odemira, distrito de Beja, a época de banhos começa na segunda-feira e António Mestre garante que tem os 12 elementos necessários para a vigilância das seis praias assegurados pela Resgate.

O problema poderá começar no dia 20, quando abrir a época balnear no concelho de Sines, distrito de Setúbal, onde têm de servir quatro praias.

Mas o presidente da Resgate acredita que surgirão mais interessados por essa altura, pois é quando os estudantes universitários se começam a dedicar às atividades de verão.

No entanto, avisa, “vai ser apertado” para ter tudo pronto nas datas definidas.

As duas praias do concelho de Santiago do Cacém, das quais uma é servida pela Resgate, só abrirão oficialmente no dia 27.

Esta associação recruta os nadadores-salvadores com contrato de trabalho a termo certo, oferecendo um salário base mensal mínimo de cerca de 620 euros, subsídios de alimentação, de formação, de alojamento e de deslocação, além de outras regalias.

Apesar de os alertas para a falta de nadadores-salvadores já terem surgido de outras zonas do país, no concelho de Grândola, distrito de Setúbal, a associação local não se queixa.

“Em cinco anos de história, não temos tido esses problemas”, garantiu à Lusa o presidente da Associação de Nadadores Salvadores de Grândola – Seagull Rescue, Nuno Gomes.

Neste concelho, apesar de a época balnear começar na segunda-feira, a partir de sábado já haverá seis praias com vigilantes desta associação: Tróia-Mar, Tróia-Bico das Lulas, Tróia-Galé, Carvalhal, Galé-Fontaínhas e Aberta Nova.

Esta entidade contrata os vigilantes em regime independente (recibo verde ou ato isolado), mas oferece entre 28 e 30 euros por dia, bem como a alimentação e a estadia, o que, para o responsável, “faz a diferença”.

Segundo Nuno Gomes, a carteira de profissionais da Seagull Rescue permite fazer face a novos pedidos que venham a receber.

/Lusa

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